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Alunos tentam fraudar sistema de cotas da UERJ

Segundo a UERJ, uma aluna teve sua matrícula cancelada e cerca de outros dez alunos estão sendo investigados

Campus da UERJ: 40% das vagas oferecidas pela universidade são distribuídas por meio de cotas (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 21h34.

Rio - Uma aluna do curso de Administração da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) teve sua matrícula cancelada após a instituição comprovar que ela forneceu informações socioeconômicas falsas para ingressar na graduação por meio do sistema de cotas .

Cerca de outros dez alunos estão sendo investigados pela suspeita de que também tentaram fraudar o sistema.

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Segundo a UERJ, 40% das vagas oferecidas pela universidade são distribuídas por meio de cotas. O candidato precisa declarar a cor da pele, e essa informação não pode ser questionada pela universidade.

Mas também é preciso comprovar ter estudado em escolas públicas nos ensinos Fundamental e Médio, além de ter baixa renda. Essas informações são passíveis de investigação pela UERJ, que firmou um acordo com a Receita Federal.

A universidade deve alterar as regras de autodeclaração para tentar coibir novas tentativas de fraude.

Balanço

Desde que a Lei de Cotas do Estado do Rio entrou em vigor, há 11 anos, cerca de 7.700 alunos ingressaram e se formaram nas universidades estaduais graças às cotas.

O número foi divulgado nesta quarta-feira, 27, pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), durante audiência pública que avaliou os resultados do sistema de cotas na Universidade Estadual do Norte Fluminense, no Centro Universitário Estadual da Zona Oeste e na UERJ.

Os resultados foram considerados positivos em todos os aspectos. Em relação à evasão escolar, por exemplo, foi comprovado que os cotistas desistem menos dos cursos do que os estudantes da ampla concorrência. O índice de evasão dos cotistas na UERJ é de 23% e dos outros estudantes chega a 34%.

Durante a audiência, Davi Santos, diretor executivo da ONG Educafro, alertou a comissão para alguns dispositivos da lei que não estão sendo cumpridos, como a oferta de estágio no setor público.

"Se essa exigência fosse cumprida, a evasão seria menor e a qualidade da formação, melhor", avaliou.

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