Partido Aliança pelo Brasil faz campanha que encoraja desfiliação
Apenas pessoas que não tem vinculação partidária podem assinar a criação do Aliança
Agência O Globo
Publicado em 18 de dezembro de 2019 às 13h19.
Última atualização em 18 de dezembro de 2019 às 13h24.
Brasília — O Aliança pelo Brasil iniciou nesta quarta-feira (18) uma campanha de desfiliação para membros de outros partidos que desejem participar da criação da nova legenda do presidente Jair Bolsonaro . Apenas pessoas que não tem vinculação partidária podem assinar o pedido de criação do Aliança.
O líder do PSL na Câmara, deputado Eduardo Bolsonaro, participou da campanha. No Twitter, ele publicou um vídeo que mostra o passo a passo da burocracia da desfiliação. Na postagem, ele diz que esta quarta é o "Dia D, o dia da desfiliação" e cita que "perseguidos do PSL" tentam um novo caminho.
A postagem também encaminha os seguidores para o site do Aliança pelo Brasil, onde há uma explicação das etapas a serem seguidas e os arquivos dos documentos que precisam ser preenchidos.
Outros deputado do PSL também compartilharam o mesmo vídeo, como a Bia Kicis (DF), que ressaltou que a assinatura para a criação do partido só é válida se o cidadão não tiver filiação em outra legenda.
O Aliança pelo Brasil anunciou, no último domingo no Twitter, que começará nesta semana a coleta de assinaturas para sua fundação. O desafio é justamente o prazo curto no calendário: a sigla precisa de todas as assinaturas até 4 de abril do ano que vem para ter o registro homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e assim lançar candidatos aos cargos de prefeito e vereador.
Como o GLOBO mostrou nesta quarta-feira, religiosos de distintas denominações estão dispostos a apoiar o processo de formalização da nova sigla. Segundo informou a colunista Bela Megale, os bolsonaristas apostam também no apoio dos militares e igrejas para a coleta das assinaturas.
Na manhã desta quarta, o presidente Jair Bolsonaro disse que a coleta de assinaturas para a criação do partido terá que ser feita manualmente e admitiu que será "muito difícil" entregar as assinaturas dentro do prazo para participar das eleições de 2020.