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Aliados de Cunha querem adiar votação de cassação

Aliados de Eduardo Cunha querem esperar que o STF julgue recursos sobre manutenção de direitos políticos para votar cassação do ex-presidente da Câmara

Cunha: para parlamentares, decisão de votar em separado o impeachment e a inabilitação de Dilma criou "precedente" (Adriano Machado / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2016 às 08h31.

Brasília - Aliados do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) defendem que o pedido de cassação do peemedebista só seja votado na Câmara após o Supremo Tribunal Federal ( STF ) julgar as ações que devem ser protocoladas pelo PSDB, DEM e PPS nesta sexta-feira, 2, questionando o fatiamento da votação do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff. O julgamento ainda não tem previsão de data.

A justificativa é de que é preciso esperar a Corte resolver a questão para evitar possíveis nulidades do processo contra Cunha.

O adiamento, porém, pode beneficiar o deputado afastado, pois aumenta as chances de a cassação só ser votada após as eleições de outubro, quando seria mais fácil para os deputados votarem abertamente a favor do peemedebista, sem temer prejuízos eleitorais.

"Tem que esperar. O julgamento só pode acontecer depois que o Supremo pacificar essa questão", afirmou o deputado Carlos Marun (MS), vice-líder do PMDB e aliado de Cunha.

"Entendo que, por cautela e segurança constitucional, o prudente seria aguardar uma decisão do STF", disse o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), também aliado do peemedebista.

Tanto para aliados quanto para adversários de Cunha, a decisão do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, de aceitar votar em separado o impeachment e a inabilitação para o serviço público de Dilma criou um "precedente" para a votação da cassação do deputado afastado. "Ou vale para todo mundo ou não vale para ninguém", afirmou o líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB).

Precedente

O adiamento da votação da cassação de Cunha, porém, não é consenso entre os aliados do deputado afastado. Em reservado, alguns defendem votar a perda de mandato de Cunha logo, para tentar emplacar o precedente do Senado, antes de a Corte decidir definitivamente sobre a questão.

No entanto, caso o Supremo desfizesse o precedente criado, a votação da cassação poderia se tornar nula no futuro.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também concorda que a decisão do STF em relação ao impeachment abriu um precedente, mas reafirmou na quinta-feira, 1º, que vai manter a votação da cassação de Cunha para 12 de setembro.

Parecer

Técnicos da Câmara ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo avaliam que o fatiamento da votação do impeachment não cria precedente para a votação de cassação de Cunha.

Lembram que a habilitação para o serviço público de Dilma pode ser votada separadamente no Senado, porque ela já constava no parecer que estava sendo votado. Ou seja, não foi incluída por meio de um texto novo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasília - Aliados do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) defendem que o pedido de cassação do peemedebista só seja votado na Câmara após o Supremo Tribunal Federal ( STF ) julgar as ações que devem ser protocoladas pelo PSDB, DEM e PPS nesta sexta-feira, 2, questionando o fatiamento da votação do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff. O julgamento ainda não tem previsão de data.

A justificativa é de que é preciso esperar a Corte resolver a questão para evitar possíveis nulidades do processo contra Cunha.

O adiamento, porém, pode beneficiar o deputado afastado, pois aumenta as chances de a cassação só ser votada após as eleições de outubro, quando seria mais fácil para os deputados votarem abertamente a favor do peemedebista, sem temer prejuízos eleitorais.

"Tem que esperar. O julgamento só pode acontecer depois que o Supremo pacificar essa questão", afirmou o deputado Carlos Marun (MS), vice-líder do PMDB e aliado de Cunha.

"Entendo que, por cautela e segurança constitucional, o prudente seria aguardar uma decisão do STF", disse o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), também aliado do peemedebista.

Tanto para aliados quanto para adversários de Cunha, a decisão do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, de aceitar votar em separado o impeachment e a inabilitação para o serviço público de Dilma criou um "precedente" para a votação da cassação do deputado afastado. "Ou vale para todo mundo ou não vale para ninguém", afirmou o líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB).

Precedente

O adiamento da votação da cassação de Cunha, porém, não é consenso entre os aliados do deputado afastado. Em reservado, alguns defendem votar a perda de mandato de Cunha logo, para tentar emplacar o precedente do Senado, antes de a Corte decidir definitivamente sobre a questão.

No entanto, caso o Supremo desfizesse o precedente criado, a votação da cassação poderia se tornar nula no futuro.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também concorda que a decisão do STF em relação ao impeachment abriu um precedente, mas reafirmou na quinta-feira, 1º, que vai manter a votação da cassação de Cunha para 12 de setembro.

Parecer

Técnicos da Câmara ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo avaliam que o fatiamento da votação do impeachment não cria precedente para a votação de cassação de Cunha.

Lembram que a habilitação para o serviço público de Dilma pode ser votada separadamente no Senado, porque ela já constava no parecer que estava sendo votado. Ou seja, não foi incluída por meio de um texto novo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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