Alguém tem de pegar a bomba, diz Bernardinho sobre governo do RJ
Economista e empresário pediu prazo até abril do ano que vem para decidir se aceita o convite para concorrer ao governo do Rio pelo Partido Novo
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de novembro de 2017 às 10h24.
Última atualização em 2 de fevereiro de 2018 às 17h47.
São Paulo - Nome mais conhecido do partido Novo, o técnico de vôlei, economista e empresário Bernardinho pediu prazo até abril do ano que vem para decidir se aceita o convite para concorrer ao governo do Rio .
Compromissos profissionais e a resistência da família são os fatores que mais pesam na decisão.
O mau momento vivido pelo Estado, que sofre com uma crise financeira sem precedentes, aumento da violência e o corporativismo a classe política, no entanto, não é empecilho para o multicampeão mundial e olímpico.
"Alguém tem que pegar essa bomba, né?", disse Bernardinho ao ser questionado pelo Estado sobre os riscos de assumir uma administração estadual falida.
Ele admite que o desafio é grande e talvez insuperável, mas acredita que a solução dos problemas do Rio passa pela escolha de um governante que tenha credibilidade.
"Certamente tenho muito receio pelo desafio que talvez eu não consiga dar conta. O descrédito dos governantes é geral. Agora, com uma agenda positiva, alguém que gere previsibilidade... pode mudar", disse.
Ele disse ter ficado decepcionado com a decisão da Assembleia Legislativa do Rio de mandar soltar o deputado Jorge Piciani (PMDB) - e outros dois parlamentares estaduais - e admitiu não ser o mais preparado para atuar no ambiente político.
"Não sou realmente a pessoa mais preparada. Não quero criminalizar porque não sou eu que julgo as pessoas, mas se é difícil negociar, trabalhar, é importante que você tenha a sua linha de conduta."
O ex-atleta foi a figura mais aclamada durante o Encontro Nacional do Novo realizado anteontem, em São Paulo. A reunião da sigla lançou a pré-candidatura do ex-banqueiro João Amoêdo à Presidência.
A candidatura de Bernardinho é fundamental na estratégia do Novo de lançar nomes ao governo em pelo menos cinco Estados para alavancar a campanha nacional e tornar a legenda, criada em 2015, mais conhecida.
"Tem duas questões. Compromissos e família. Tem algumas questões como segurança etc. que nos preocupam muito. Tenho filhas pequenas e compromissos ainda não cumpridos, tem alguma pressão das empresas. Até abril, quando terminar meu compromisso, vou tomar a decisão", afirmou. Os compromissos, segundo assessores do Novo, são contratos com os patrocinadores do seu time, o Sesc Rio.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.