Alexandra Chong, e a vez das mulheres na web
A jamaicana Alexandra Chong é uma das mais polêmicas empreendedoras do mundo da tecnologia. Há três anos, ela criou o Lulu, um aplicativo que permitia a mulheres avaliar homens sem o consentimento masculino. No Brasil, alguns homens entraram na justiça pedindo para não ter seus dados disponíveis no aplicativo. Em fevereiro, o Lulu foi adquirido […]
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2016 às 12h23.
Última atualização em 22 de junho de 2017 às 18h31.
A jamaicana Alexandra Chong é uma das mais polêmicas empreendedoras do mundo da tecnologia. Há três anos, ela criou o Lulu, um aplicativo que permitia a mulheres avaliar homens sem o consentimento masculino. No Brasil, alguns homens entraram na justiça pedindo para não ter seus dados disponíveis no aplicativo.
Em fevereiro, o Lulu foi adquirido pelo maior aplicativo de relacionamentos do mundo, o Badoo e Alexandra foi promovida a presidente da companhia, que tem 300 milhões de clientes. Ela é graduada em direito pela aclamada London School of Economics, jogou tênis profissional e é casada com Jack Brockway, sobrinho do bilionário Richard Branson, dono da companhia aérea Virgin e de uma ilha particular nas Bahamas. Alexandra falou a EXAME sobre os novos planos do Lulu, e sobre o que aprendeu com Branson.
A jamaicana Alexandra Chong é uma das mais polêmicas empreendedoras do mundo da tecnologia. Há três anos, ela criou o Lulu, um aplicativo que permitia a mulheres avaliar homens sem o consentimento masculino. No Brasil, alguns homens entraram na justiça pedindo para não ter seus dados disponíveis no aplicativo.
Em fevereiro, o Lulu foi adquirido pelo maior aplicativo de relacionamentos do mundo, o Badoo e Alexandra foi promovida a presidente da companhia, que tem 300 milhões de clientes. Ela é graduada em direito pela aclamada London School of Economics, jogou tênis profissional e é casada com Jack Brockway, sobrinho do bilionário Richard Branson, dono da companhia aérea Virgin e de uma ilha particular nas Bahamas. Alexandra falou a EXAME sobre os novos planos do Lulu, e sobre o que aprendeu com Branson.
Quando foi lançado no Brasil, em 2013, o Lulu atingiu 3 milhões de visitas em uma semana. Por que o aplicativo chamou tanta atenção?
Atendemos uma necessidade das mulheres. O Lulu permitia às mulheres encontrar informações sobre homens que elas não conheciam, mas em quem estavam interessadas. Com o Lulu era possível descobrir coisas sobre os homens postadas por outras usuárias e usar essas informações para tomar decisões melhores. As mulheres brasileiras precisavam de algum controle sobre suas relações, elas precisavam se proteger na internet. Nós damos essa ferramenta para elas.
O que muda com a aquisição pelo Badoo?
A aquisição foi uma evolução necessária para o Lulu. As mulheres que utilizavam esse aplicativo estavam sempre nos perguntando quando iríamos criar um aplicativo no qual elas pudessem encontrar novos parceiros. O Badoo é o maior aplicativo de relacionamentos do mundo, então se unir a eles foi algo muito estratégico.
As mulheres vão continuar sendo prioridade?
Eu espero deixar minha marca aqui no Badoo, assim como fiz com o Lulu. Quero fazer a experiência de namoro online melhor para as mulheres, meu objetivo é fazer disso uma estratégia. Temos alguns projetos para o futuro que incluem vídeos, chats e perfis para que as mulheres saibam exatamente com quem estão se envolvendo.
Em novembro do ano passado, o maior concorrente do Badoo, o Matchgroup, dono de aplicativos como Tinder, levantou 400 milhões de dólares em seu IPO. O Badoo também planeja abrir seu capital?
Tudo o que eu posso dizer é que esse IPO deixou muito claro que esse mercado tem um grande potencial. A indústria de namoros online só tende a crescer e nossa perspectiva, já que somos maiores que o Matchgroup, é crescer muito.
Como o Badooo é diferente de outros aplicativos de namoro como Tinder, por exemplo?
Uma série de coisas fazem do Badoo um aplicativo único. A primeira coisa é a visão do Badoo. Ele foi criado há 10 anos e a visão principal é de que há uma pessoa especial para cada um no mundo. Então o que o Badoo faz é construir as ferramentas certas para que seus usuários se encontrem. O foco é encontrar parceiros para a vida. O segundo ponto é que, como o Badoo existe há 10 anos, ele já resolveu alguns dos maiores desafios em apps de namoro, como privacidade e segurança. Além disso, como temos o maior número de usuários ao redor do mundo, é mais fácil achar pessoas.
Você é casada um sobrinho do icônico empresário Richard Branson. O quanto você aprendeu sobre negócios com ele?
Branson é provavelmente um dos maiores e mais icônicos empreendedores desse século. Ele está sempre inovando e é um mentor para mim, sempre me ajuda muito. Se eu puder fazer o que ele fez no mercado de namoro online, eu serei muito feliz. Para mim, o que ele pode ensinar pra gente é a liderança. Ele é um ótimo líder e tem uma ótima equipe. Ele sempre acreditou em pessoas e investiu nelas. Eu admiro ele como um líder. (LETÍCIA TOLEDO)