Vacina contra o coronavírus: com nova parceria no Paraná, serão quatro vacinas em testes no Brasil (Dado Ruvic/Illustration/File Photo/Reuters)
Carolina Riveira
Publicado em 30 de julho de 2020 às 08h17.
Última atualização em 30 de julho de 2020 às 10h07.
Após a vacina desenvolvida pela biofarmacêutica Sinovac, uma nova vacina contra o coronavírus vinda da China começará a ser testada no Brasil. É a vacina da chinesa Sinopharm, que fez parceria com o estado do Paraná divulgada nesta quarta-feira, 29.
Os testes serão feitos pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e os primeiros vacinados devem ser os profissionais da saúde, como já vem ocorrendo com outros testes no Brasil.
O pedido de autorização para testar a vacina em brasileiros deve ser enviado em 15 dias à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que autoriza os procedimentos, segundo informou o governo do Paraná.
Já há outras três vacinas com parcerias para testes no Brasil. As mais avançadas são a da Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca, testada no Brasil junto à FioCruz, e a da também chinesa Sinovac Biotech, testada em parceria com o Instituto Butantan. Ambas estão na fase 3 de testes, quando já há testagem massiva em humanos.
A terceira com testes no Brasil é a vacina da parceria entre a amerciana Pfizer e startup alemã BioNTech, que está na fase 2, quando os testes são mais restritos.
A nova vacina da Sinopharm também está na fase 3 de testes, etapa na qual o Paraná será incluído. A testagem foi iniciada nos Emirados Árabes Unidos e inclui mais de 15.000 voluntários, segundo informado pelo governo do Paraná. As duas primeiras fases já foram encerradas, com resultados positivos.
A projeção é que a vacina possa estar pronta até o fim deste ano, segundo os responsáveis. O plano do Paraná é, concluída a testagem, também iniciar um processo de produção da vacina no estado por meio da Tecpar.
O Brasil é um dos principais focos na testagem de vacinas potenciais contra o coronavírus porque é o segundo país do mundo com maior número de contágios. Como há maior circulação do vírus, a avaliação sobre se a testagem produziu de fato algum tipo de imunização se torna mais precisa e efetiva.
O país chegou nesta quarta-feira, 29, a mais de 90.000 mortes pela covid-19, doença causada pelo vírus. São mais de 2,55 milhões de casos no país, com mais de 20.000 novos casos registrados diariamente.