Alcolumbre: presidente do senado se colocou contra a CPI da Lava Toga (José Cruz/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de setembro de 2019 às 21h39.
Última atualização em 9 de setembro de 2019 às 22h09.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), negou que tenha pedido para senadores retirarem assinaturas para instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga, mas voltou a se posicionar contra a comissão. Para Alcolumbre, "não é o momento de fazer uma coisa que vai contra a Constituição".
"É assegurado na Constituição a proibição da investigação do poder Judiciário. É claro isso. Não é decisão única do presidente, o presidente tem que ter responsabilidade de fazer o que está escrito na Constituição. Se há entendimento de que a comissão não pode investigar decisão judicial, como vou passar por cima disso?", questionou.
Ao ser indagado se pediu para parlamentares retirarem assinaturas, ele negou. "Não. Eu tenho conversado com muitos senadores, e já tornei público isso, em relação a minha posição sobre esse processo, tanto de impedimento de ministros, quanto de CPI", disse. "Eu tenho a compreensão e a clareza que estamos passando por um momento de transformação e o parlamento tem se firmado como esteio do exercício democrático", afirmou.
O senador Flávio Bolsonaro estava nos assuntos mais comentados do Twitter nesta segunda-feira por não assinar pedido de instalação da CPI da Lava Toga.
Com discurso anticorrupção do senador, alinhado ao do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro e pai de Flávio, o parlamentar não apoiou a abertura da comissão parlamentar de inquérito. A hashtag #AssinaFlavioBolsonaro estava nos trending topics da rede social.