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Alckmin pede a Aníbal moderação contra Serra

O governador mantém publicamente seu apoio à prévia para escolher o candidato tucano, mas quer evitar um racha entre os representantes do partido

Alckmin recebeu Aníbal, que é seu secretário de Energia, domingo no Palácio dos Bandeirantes (José Luis da Conceição/Governo de SP)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 19h43.

São Paulo - Temendo um aprofundamento de divisões dentro do PSDB após a entrada de José Serra na disputa interna pela Prefeitura de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin pediu a José Aníbal que reduzisse o tom das críticas a seu adversário. Alckmin mantém publicamente seu apoio à prévia para escolher o candidato tucano, mas quer evitar um racha entre os grupos de Aníbal e Serra.

Alckmin recebeu Aníbal, que é seu secretário de Energia, domingo no Palácio dos Bandeirantes. "É importante que realizemos as prévias em um processo tranquilo, com um alto nível", teria dito o governador.

Anteontem, o secretário de Habitação, Silvio Torres, ponderou a Aníbal que sua campanha estava "fora do tom". No governo, a avaliação é de que sua postura na pré-campanha é incompatível com o cargo de secretário de Estado, uma vez que o governador apoia a candidatura de Serra.

O ex-governador enviou emissários ao Bandeirantes para manifestar a insatisfação com as recentes críticas do adversário.

José Aníbal nega ter recebido orientações para evitar críticas a Serra e reafirma que o governador jamais pediu para que ele retirasse a candidatura. O deputado Ricardo Tripoli, que é pré-candidato e mantém um discurso moderado, não recebeu pedido semelhante de Alckmin.

Conversão

A entrada de Serra na prévia provocou baixas nas equipes dos tucanos que estavam engajados nas campanhas dos outros pré-candidatos. A principal foi a do deputado Walter Feldman, que trocou a equipe de Tripoli pela de Serra. Este fez o convite a Feldman há cerca de dez dias, por telefone.

No último fim de semana, Feldman passou a participar das reuniões da nova equipe, comandada pelo secretário Edson Aparecido. Feldman e Aparecido trabalharam na campanha de Serra à Prefeitura em 2004.

O próprio governador Geraldo Alckmin sondou Feldman, antes do carnaval, sobre sua disposição para mudar de lado. Recebeu dele um sinal verde depois de informar que fazia seus últimos movimentos para convencer Serra a entrar na disputa.

Alckmin e Feldman reataram no início do ano. O deputado era um dos principais adversários do governador na sigla desde 2008, quando encabeçou o grupo que trocou a candidatura de Alckmin à Prefeitura pela reeleição de Kassab.

O time de Serra calcula que mais de 90% dos novos serristas mudaram de lado ao perceber o apoio de Alckmin à nova candidatura, apesar da discrição de seu engajamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Temendo um aprofundamento de divisões dentro do PSDB após a entrada de José Serra na disputa interna pela Prefeitura de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin pediu a José Aníbal que reduzisse o tom das críticas a seu adversário. Alckmin mantém publicamente seu apoio à prévia para escolher o candidato tucano, mas quer evitar um racha entre os grupos de Aníbal e Serra.

Alckmin recebeu Aníbal, que é seu secretário de Energia, domingo no Palácio dos Bandeirantes. "É importante que realizemos as prévias em um processo tranquilo, com um alto nível", teria dito o governador.

Anteontem, o secretário de Habitação, Silvio Torres, ponderou a Aníbal que sua campanha estava "fora do tom". No governo, a avaliação é de que sua postura na pré-campanha é incompatível com o cargo de secretário de Estado, uma vez que o governador apoia a candidatura de Serra.

O ex-governador enviou emissários ao Bandeirantes para manifestar a insatisfação com as recentes críticas do adversário.

José Aníbal nega ter recebido orientações para evitar críticas a Serra e reafirma que o governador jamais pediu para que ele retirasse a candidatura. O deputado Ricardo Tripoli, que é pré-candidato e mantém um discurso moderado, não recebeu pedido semelhante de Alckmin.

Conversão

A entrada de Serra na prévia provocou baixas nas equipes dos tucanos que estavam engajados nas campanhas dos outros pré-candidatos. A principal foi a do deputado Walter Feldman, que trocou a equipe de Tripoli pela de Serra. Este fez o convite a Feldman há cerca de dez dias, por telefone.

No último fim de semana, Feldman passou a participar das reuniões da nova equipe, comandada pelo secretário Edson Aparecido. Feldman e Aparecido trabalharam na campanha de Serra à Prefeitura em 2004.

O próprio governador Geraldo Alckmin sondou Feldman, antes do carnaval, sobre sua disposição para mudar de lado. Recebeu dele um sinal verde depois de informar que fazia seus últimos movimentos para convencer Serra a entrar na disputa.

Alckmin e Feldman reataram no início do ano. O deputado era um dos principais adversários do governador na sigla desde 2008, quando encabeçou o grupo que trocou a candidatura de Alckmin à Prefeitura pela reeleição de Kassab.

O time de Serra calcula que mais de 90% dos novos serristas mudaram de lado ao perceber o apoio de Alckmin à nova candidatura, apesar da discrição de seu engajamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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