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Alckmin evita falar sobre recursos do Estado no Fielzão

Durante vista às obras de ampliação da Linha 5-Lilás do metrô, Alckmin foi econômico nas palavras e indicou que o tema deverá voltar a discussões somente em outubro

"Vamos aguardar primeiro que a Fifa se pronuncie", afirmou Alckmin sobre o 'Fielzão' (Mario Rodrigues/VEJA São Paulo)

"Vamos aguardar primeiro que a Fifa se pronuncie", afirmou Alckmin sobre o 'Fielzão' (Mario Rodrigues/VEJA São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2011 às 18h00.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), evitou hoje falar sobre a utilização de recursos do governo do Estado na construção do estádio do Corinthians. Durante vista às obras de ampliação da Linha 5-Lilás do metrô, Alckmin foi econômico nas palavras e indicou que o tema deverá voltar a discussões somente em outubro, mês no qual a Fifa deverá divulgar qual será a sede da abertura da Copa do Mundo de 2014.

"Vamos aguardar primeiro que a Fifa se pronuncie", afirmou Alckmin. A cidade de São Paulo é apontada como favorita para sediar a primeira partida do mundial. O governador reiterou que os recursos estaduais não serão destinados ao Corinthians. Segundo ele, o investimento de R$ 70 milhões será restrito ao aluguel da estrutura móvel que servirá de arquibancada nos jogos da competição.

Como o projeto prevê capacidade para receber 48 mil pessoas, e a exigência da Fifa é de que o estádio da abertura tenha no mínimo 65 mil lugares, essa estrutura teria capacidade para outras 17 mil pessoas. O aluguel da arquibancada poderia ser financiado por parceiros, indicou Alckmin. Com o aporte estadual, o custo da obra subirá para R$ 890 milhões, financiados pela Prefeitura (R$ 420 milhões em isenções fiscais), pelo BNDES (R$ 400 milhões) e pelo governo paulista (R$ 70 milhões).

Questionado sobre declarações dadas nesta semana pelo secretário estadual de Planejamento, Emanuel Fernandes, que sugeriam que o investimento teria sido definido de forma emergencial, Alckmin novamente falou que detalhes do projeto devem ser retomados a partir de outubro. Durante esta semana, Fernandes teria afirmado que o investimento estadual no estádio corintiano foi acertado durante uma reunião com os responsáveis pelo projeto sem a presença do governador.

Investimentos

Na expectativa do anúncio da Fifa sobre a abertura da Copa do Mundo, o governo paulista prioriza o avanço das obras para atender os torcedores que devem frequentar o Fielzão, apelido do futuro estádio, durante a competição. De acordo com o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, está em análise um sistema de transporte específico para o período do evento. "Já estamos bem adiantados em um trabalho de planejamento para 2014", afirmou.

O projeto de São Paulo para a Copa prevê a criação de linhas específicas para transportar turistas dos aeroportos para os hotéis. Nos dias de jogos, estrutura semelhante será feita para viabilizar o transporte dos torcedores ao estádio. O governo de São Paulo também prevê a instalação de sinalização bilíngue em todo o trajeto até o local.

Os detalhes desse plano, entretanto, ainda dependem do anúncio da Fifa em relação ao local da abertura da Copa e até mesmo definições operacionais da principal entidade do futebol mundial. "A Fifa deverá definir se a chegada ao estádio será feita por Artur Alvim ou por Itaquera", revelou Fernandes.

Além desse sistema específico para a Copa do Mundo, o plano de investimentos do governo paulista na área de transportes também deverá facilitar a locomoção dos turistas e torcedores. Entre os projetos previstos está a ampliação da malha do metrô e a construção de um corredor urbano que ligará Guarulhos a São Mateus. O cronograma de conclusão da obra é 2014, o mesmo ano da Copa.

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