Alckmin: É preciso separar solidariedade a Bolsonaro de decisão eleitoral
Questionado sobre seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto, Geraldo Alckimn afirmou que espera crescer mais no final da campanha eleitoral
Reuters
Publicado em 10 de setembro de 2018 às 14h29.
São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin , disse nesta segunda-feira que a solidariedade ao presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, vítima de um atentado a faca na semana passada, precisa ser separada da escolha que os brasileiros farão em outubro de quem governará o país a partir do ano que vem.
Em entrevista a jornalistas em São Paulo, Alckmin foi indagado sobre se mudaria sua estratégia em relação a Bolsonaro, que vinha sendo o principal alvo da campanha tucana tanto nas falas do presidenciável quanto nos programas de rádio e TV.
"Uma coisa é a solidariedade a quem foi vítima de um ataque covarde, vil, desejamos a ele pronto restabelecimento e de outro lado condenamos duramente isso", disse o tucano.
"A outra é escolher quem vai ser o presidente, unir o Brasil, fazer mudanças que o Brasil precisa para retomar o emprego, a renda. Porque é isso que interessa para a população", afirmou Alckmin.
O tucano também disse nesta segunda que, se vencer a eleição de outubro, a economia brasileira crescerá 4 por cento já em 2019 porque acabaria a atual falta de credibilidade do governo federal.
"Se nós ganharmos a eleição, crescemos 4 por cento ano que vem, pode escrever. Tem um 'gap' de credibilidade", disse o ex-governador de São Paulo a jornalistas após encontro com o movimento Agora.
Questionado sobre seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto, Alckmin declarou que não mudará a estratégia em função dos resultados das sondagens.
"Precisa deixar decantar um pouco as questões. Temos quatro semanas de campanha", disse Alckmin. "Acho que vamos ter uma onda mais ao final", avaliou.
Na pesquisa Ibope da semana passada, o ex-governador registrou 9 por cento das intenções de voto, atrás dos adversários Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT), numericamente empatados em 12 por cento, Bolsonaro, que lidera com 22 por cento das intenções de voto.
"O povo quer governo que funcione, que resolva problema. Nós já temos problema demais, não podemos ter um presidente que seja mais um problema", defendeu.