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Alckmin diz que não tem sentido afastar secretários

"Não tem sentido afastar (os secretários), já que não tivemos acesso aos documentos", disse o governador de São Paulo


	Geraldo Alckmin: questionado se manteria secretários no caso durante todo o processo de investigação, governador disse que é preciso ter provas para punir
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Geraldo Alckmin: questionado se manteria secretários no caso durante todo o processo de investigação, governador disse que é preciso ter provas para punir (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2013 às 16h50.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que não pretende afastar os secretários citados em depoimento do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer. "Não tem sentido afastar (os secretários), já que não tivemos acesso aos documentos", disse.

Conforme matéria veiculada na edição desta quinta-feira, 21, pelo jornal O Estado de São Paulo, em relatório entregue ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Rheinheimer afirma dispor de "documentos que provam a existência de um forte esquema de corrupção no Estado de São Paulo durante os governos (Mário) Covas, (Geraldo) Alckmin e (José) Serra, e que tinha como objetivo principal o abastecimento do caixa 2 do PSDB e do DEM".

O ex-diretor da empresa alemã diz também que o hoje secretário da Casa Civil do governo, deputado licenciado Edson Aparecido (PSDB), foi apontado pelo lobista Arthur Teixeira como recebedor de propina das multinacionais suspeitas de participar do cartel dos trens em São Paulo entre os anos de 1998 e 2008.

O documento ainda faz menção ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e aos secretários estaduais José Aníbal (Energia), Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico).

De acordo com o governador, ele ficou sabendo das denúncias pela imprensa e já solicitou ao presidente da Corregedoria Geral da Administração de São Paulo (CGA), Gustavo Ungaro, que entre em contato com o Cade para solicitar todas as informações.

"Estamos solicitando provas. Nosso compromisso é com o rigor nas investigações. Nunca tivemos informação sobre esse depoimento e estamos requerendo judicialmente a documentação", reforçou.

Questionado se ele manteria os secretários no caso durante todo o processo de investigação, o governador disse que é preciso ter provas para punir, mas ressaltou: "Nosso compromisso é com a verdade, doa a quem doer."

Alckmin disse ainda que o governo já deveria ter tido acesso à documentação, já que o relatório é anterior ao acordo de leniência feito entre executivos da Siemens e o Cade para dar mais informações sobre as ações do cartel de trens.

O governador deu as declarações após participar na tarde desta quinta-feira, 21, do anúncio da criação de uma linha de financiamento à indústria de panificação e confeitaria, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, na capital. Mais cedo, durante o lançamento do Bilhete Único Mensal, na sede da Prefeitura de São Paulo, ao lado do prefeito Fernando Haddad, o governador evitou falar sobre o tema.

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