São Paulo - Um dia depois de admitir pela primeira vez a existência de um racionamento de água em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse considerar ter sido mal interpretado.
"Estamos evitando o racionamento. O que é o racionamento? É você fechar o registro. Então estamos procurando através de campanhas, de bônus, da utilização das reservas técnicas, da integração dos sistemas ultrapassar essa dificuldade da crise da seca", disse em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, nesta quinta-feira, 15.
O governador foi questionado sobre a possibilidade de um rodízio de água, admitida ontem pela Sabesp, mas evitou o assunto listando as medidas tomadas por seu governo na tentativa de contornar a crise.
Ele elogiou ainda a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que suspendeu a liminar que proibia a cobrança de multa para consumidores que aumentarem o gasto de água.
A declaração do presidente da Sabesp, Jerson Kelman, de que havia a possibilidade de o Cantareira secar até março caso não haja aumento de chuvas, também foi tema de perguntas dos jornalistas.
Questionado por quanto tempo os outros sistemas seriam capazes de abastecer a demanda, Alckmin não deu um número e mais uma vez listou as alternativas do sistema hídrico do Estado.
"Nós temos sete sistemas de abastecimento de água na cidade de São Paulo bastante interligados. E temos obras permanentemente", disse.
Após esta resposta, Alckmin encerrou a coletiva e não respondeu se ele considerava haver possibilidade de o sistema Cantareira realmente secar até o mês de março.
Alckmin conversou com os jornalistas após sancionar a lei que institui pontuação diferenciada para negros, pardos e índios nos concursos públicos estaduais.
Durante a solenidade, no momento em que assinava a sanção, o governador viu um dos convidados interromper o cerimonial com gritos de "Alckmin 2018, a zona leste está com o senhor".
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1. Desperdício
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1/23 (Pedro França/Agência Senado)
São Paulo - De toda água tratada em 23% das grandes cidades do Brasil, mais da metade é perdida antes de chegar às torneiras das residências ou empresas. É o que mostra levantamento feito com base no Ranking do Saneamento, feito pela ONG Trata Brasil com base em números de 2012 divulgados pelo Ministério das Cidades. Em São Paulo, que vive a pior crise hídrica de sua história, 36% da água tratada se perde pelo caminho. “Dentro desse número, você tem vazamentos, que é a maior parte, ligações clandestinas e roubo de água”, afirma Edson Carlos, presidente da instituição. Porto Velho (RO) lidera em índice de perdas. Por lá, 70% da água tratada não chega até o consumidor. “Índices acima de 50% sinalizam uma rede totalmente fora de controle. É um descaso total”, afirma o especialista. Além da falta de água para a população, esta postura de má gestão influencia também o faturamento das empresas responsáveis pelo tratamento de água e esgoto. A Trata Brasil estima que a redução em 10% do volume de água perdido todos os anos renderia mais de 1,3 bilhão de reais para as 100 maiores cidades do Brasil. A solução, segundo o especialista, vai desde o mapeamento de possíveis vazamentos no sistema de abastecimento até medidas simples como controle da vazão.
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2. Porto Velho (RO) - 70,68% de perdas
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2/23 (Filipux/Wikimedia)
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3. Macapá (AP) - 69,44% de perdas
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3/23 (Jorge Junior/ Secom Amapá)
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4. Cuiabá (MT) - 67,44% de perdas
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4/23 (Wikimedia Commons)
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5. Maceió (AL) - 64,29% de perdas
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5/23 (Divulgação / Christian Knepper)
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6. Jaboatão dos Guararapes (PE) - 62,97% de perdas
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6/23 (Wikimedia Commons)
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7. Rio Branco (AC) - 62,47% de perdas
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7/23 (Embratur)
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8. Varzea Grande (MT) - 62,13% de perdas
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8/23 (Matheus Hidalgo/Wikimedia Commons)
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9. Mossoró (RN) - 59,93% de perdas
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9/23 (Wikimedia Commons)
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10. Recife (PE) - 59,85% de perdas
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10/23 (REUTERS/Dominic Ebenbichle)
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11. Aracaju (SE) - 57,58% de perdas
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11/23 (Divulgação / André Moreira)
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12. Natal (RN) - 57,16% de perdas
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12/23 (Divulgação/Embratur)
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13. Boa Vista (RR) - 54,99% de perdas
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13/23 (Embratur/Fotos Públicas)
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14. Teresina (PI) - 54,76% de perdas
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14/23 (Embratur/Fotos Públicas)
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15. Canoas (RS) - 54,38% de perdas
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15/23 (Divulgação)
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16. Paulista (PE) - 54.04%
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16/23 (Wagner de Lima/ Wikimedia Commons)
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17. Ananindeua (PA) - 53,02% de perdas
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17/23 (Hallel/Wikimedia Commons)
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18. Cariacica (ES) - 52,99% de perdas
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18/23 (Lucas Calazans/ Divulgação/Perfil do Facebook de Cariacica)
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19. São Vicente (SP) - 52,39% de perdas
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19/23 (Fabio Luiz/Wikimedia Commons)
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20. Bauru (SP) - 52,51% de perdas
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20/23 (Wikimedia Commons)
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21. Caruaru (PE) - 51,50% de perdas
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21/23 (Leo Caldas/EXAME.com)
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22. Olinda (PE) - 50,97% de perdas
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22/23 (Jan Ribeiro/Pref.Olinda)
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23. Salvador (BA) - 50,37% de perdas
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23/23 (Camila Souza/GOVBA)