Esta é a quarta vez que o paulista de Pindamonhangaba assume o governo paulista (Wilson Dias/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 1 de janeiro de 2015 às 12h08.
São Paulo - Com o plenário da Assembleia Legislativa cheio, o governador Geraldo Alckmin tomou posse para o maior cargo do Estado de São Paulo.
Esta é a quarta vez que o paulista de Pindamonhangaba assume o governo paulista. Discreto como de costume, Alckmin ouviu do presidente da Alesp, seu correligionário Samuel Moreira, que o Brasil precisa de seu espírito público.
Moreira, responsável por dar posse ao reeleito, elogiou o governador e citou uma frase dita por Alckmin durante a posse de 2003. "Ser paulista é uma maneira de enxergar o Brasil e trabalhar por ele."
Com o PSDB iniciando seu sexto mandato seguido no Estado, Alckmin usou a maior parte de seu discurso para prestar contas e exaltar os avanços promovidos nas últimas décadas.
O governador comemorou o aumento da expectativa de vida, a diminuição da mortalidade infantil e a queda na taxa de homicídio. Dados econômicos, como o recorde de investimentos e o crescimento do PIB do estado, maior que o da Argentina, também foram lembrados.
Diferentemente da primeira posse, em 2001, quando o então vice assumiu após a morte de Mário Covas, Alckmin chega ao quarto mandato sem a possibilidade de reeleição e cotado para disputar a Presidência da República em 2018.
Geraldo Alckmin encerrou seu discurso citando uma fala que Mário Covas, seu maior padrinho político, falecido em 2001, usou em sua posse.
"São Paulo não pode esperar nem um minuto para oferecer ao Brasil sua parcela de luta. São Paulo nunca vai virar suas costas ao Brasil." Assim que a frase foi dita, Alckmin e todos os presentes ouviram o grito de uma pessoa: "Brasil pra frente, Geraldo presidente".
Alckmin deve embarcar para Brasília no início da tarde para acompanhar a posse da presidente Dilma Rousseff (PT). A incerteza quanto à ida de Alckmin se dá pelo horário de término da cerimônia de posse do secretariado.
Se for a Brasília para a posse do partido adversário, a postura de Alckmin destoará da adotada por seu partido no Congresso e por Aécio Neves, seu principal concorrente no PSDB para a candidatura em 2018.