Garotinho: "Alguém vai ter que explicar o fato de a Alerj ter emitido alvará de soltura" (Leonardo Prado/Agência Câmara)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de novembro de 2017 às 15h48.
São Paulo - O ex-governador Anthony Garotinho, presidente estadual do PR no Rio, preso nesta quarta-feira, 22, com sua mulher, Rosinha, por suspeita de propina de R$ 2,6 milhões do grupo JBS, postou na segunda-feira, 20, em sua conta no Twitter pesadas críticas a outros políticos fluminenses, todos deputados estaduais pelo PMDB e alvos da Operação Cadeia Velha por envolvimento em esquema de repasses milionários do setor de transporte público - o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo.
"Denúncias da Cadeia Velha: vergonha, vergonha, vergonha !!! Ainda vai aparecer muita sujeira por aí", escreveu Garotinho.
Picciani, Albertassi e Melo foram presos uma primeira vez na quinta-feira, 16, por ordem do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF2).
Na sexta, 17, porém, os colegas dos peemedebistas na Assembleia Legislativa do Rio entraram em ação e, por 39 votos a 19, derrubaram o decreto de prisão do TRF2.
Nesta terça, 21, a Corte federal restabeleceu a prisão dos velhos caciques do PMDB, que já estão recolhidos na cadeia de Benfica, região Norte do Rio.
Em seu Twitter, o ex-governador não se fez de rogado e desferiu uma cobrança enérgica à Assembleia. "Alguém vai ter que explicar o fato de a Alerj ter emitido alvará de soltura."
Em outro post, Garotinho apontou para o presidente (licenciado) da Assembleia.
"A empresa do Picciani recebia a mais pelas vacas vendidas e depois devolvia parte do dinheiro para a fornecedora do Estado. Assim funcionava uma forma de lavar dinheiro para pagar propina a autoridades do PMDB. Uma vergonha."