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Aids avança nas relações sexuais entre homens

Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de casos notificados entre essa população, que era de 36,6% em 2008 passou para 43,2% em 2013


	Aids: Brasil registrou ano passado 39.501 novos casos de Aids
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Aids: Brasil registrou ano passado 39.501 novos casos de Aids (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 20h31.

Brasília - A Aids continua avançando entre a população de homens que fazem sexo com homens.

Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de casos notificados entre essa população, que era de 36,6% em 2008 passou para 43,2% em 2013.

O aumento se dá em todas as regiões do país e em todas as faixas etárias, com exceção da população com mais de 50 anos.

No grupo com 20 a 29 anos, os porcentuais saltaram de 21,1% para 43.4% no mesmo período.

"É uma preocupação, sobretudo a população mais jovem", afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro em cerimônia para lembrar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids.

Para tentar conter essa tendência, o ministério estuda a adoção de novas estratégias de prevenção, principalmente em sites de encontros.

"Ações nas escolas apresentam uma série de dificuldades: resistência de professores, de diretores. Precisamos falar diretamente para esse público", completou.

O Brasil registrou ano passado 39.501 novos casos de Aids. A taxa de detecção da doença é de 20,4 casos a cada 100 mil habitantes, um indicador que se mantém estável num patamar considerado alto.

O diretor do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, afirmou que, embora números gerais sigam inalterados, há disparidades regionais muito importantes.

"É o caso do Rio Grande do Sul e Amazonas, que apresentam, respectivamente 41,3 e 37,4 por 100 mil habitantes", disse.

As disparidades também se repetem quando se analisa as taxas de mortalidade.

Dados do ministério mostram uma tendência de queda nos indicadores na última década.

Em 2004, eram registrados 6,1 óbitos para cada 100 mil habitantes. Ano passado, a relação era de 5,7 para cada 100 mil.

A redução, no entanto, é verificada no Sudeste e Sul. No Norte, as taxas aumentaram 75% e no Nordeste, 41,9%.

"Essas diferenças podem ser atribuídas a desigualdades na qualidade do acesso ao tratamento", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa.

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