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Aeronautas diz que proposta de reajuste é 'inaceitável'

Companhias propuseram na segunda-feira, 12, em nova rodada de negociações com aeronautas e aeroviários, um reajuste de 6,5%

Companhias propuseram na segunda-feira, 12, em nova rodada de negociações com aeronautas e aeroviários, um reajuste de 6,5% (REUTERS/Paulo Whitaker)
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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 13h44.

São Paulo - As companhias aéreas Integrantes do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) e da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) - Avianca, Azul, Gol e TAM - propuseram na segunda-feira, 12, em nova rodada de negociações com aeronautas e aeroviários, um reajuste de 6,5%, o que corresponde a um ganho real de 0,16%, além da reposição da inflação de 6,33% apurada em 2014 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Adicionalmente, aproximadamente 70% das cláusulas colocadas na mesa de negociação por aeronautas e aeroviários foram aceitas, informaram as entidades patronais.

Além do reajuste salarial de 6,5%, foi proposto um aumento no valor do vale alimentação de 7% e um reajuste na apólice do seguro de vida de 11%, explicaram.

Mas para o Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da Central Única dos Trabalhadores (Fentac/CUT) a contraproposta é "inaceitável". "Ganho de real de 0,16% no salário não é uma proposta que deve ser levada a sério.

Os trabalhadores nas assembleias, no dia 14, darão resposta à altura", disse o presidente da federação, Sergio Dias. Conforme a Fentac, as categorias mantêm a reivindicação de reajuste salarial com ganho real de 9% nos salários e demais benefícios.

Na quarta-feira, 14, sindicatos filiados à FENTAC dos Aeroviários de Guarulhos, Porto Alegre, Campinas, do Recife, dos 22 estados da base do Sindicato Nacional dos Aeroviários e o Sindicato Nacional dos Aeronautas farão assembleias com as categorias para definir os próximos passos para as negociações.

Na última assembleia, aeronautas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Belém e Campinas já aprovaram o "estado de alerta", para intensificar a mobilização.

Avanço

Apesar de ser um aumento real baixo, esta é a primeira vez que as companhias aéreas apresentam uma proposta acima da inflação. Nas cinco rodadas de negociação anteriores, as empresas mantiveram firme a proposta de apenas conceder a reposição da inflação, reajuste que, conforme informaram as companhias, foi antecipado, em relação ao desfecho das negociações, na primeira quinzena de dezembro. A data-base da categoria é 1º de dezembro.

Em nota, SNEA e Abear salientaram fatores externos às empresas e que influenciaram negativamente as operações das companhias ao longo dos últimos anos, como a volatilidade da cotação do dólar em relação ao real e do preço do barril de petróleo.

"Consequentemente, os resultados financeiros das companhias aéreas têm registrado forte impacto negativo", disseram as entidades.

Mas a Fentac considera que as aéreas têm condições de conceder um ganho real maior nos salários, e citam o crescimento da produtividade e da demanda por transporte de passageiros - que ficou em 5,33% no Brasil, nos últimos 12 meses, segundo a Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC).

"Os dados reforçam que as aéreas podem avançar mais", afirma Dias. Segundo a federação, nos últimos dez anos, apenas em 2006, 2009 e 2013, os aeroviários e aeronautas da base da CUT conquistaram ganhos reais nos salários maiores que 1%.

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Adicionalmente, aproximadamente 70% das cláusulas colocadas na mesa de negociação por aeronautas e aeroviários foram aceitas, informaram as entidades patronais.

Além do reajuste salarial de 6,5%, foi proposto um aumento no valor do vale alimentação de 7% e um reajuste na apólice do seguro de vida de 11%, explicaram.

Mas para o Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da Central Única dos Trabalhadores (Fentac/CUT) a contraproposta é "inaceitável". "Ganho de real de 0,16% no salário não é uma proposta que deve ser levada a sério.

Os trabalhadores nas assembleias, no dia 14, darão resposta à altura", disse o presidente da federação, Sergio Dias. Conforme a Fentac, as categorias mantêm a reivindicação de reajuste salarial com ganho real de 9% nos salários e demais benefícios.

Na quarta-feira, 14, sindicatos filiados à FENTAC dos Aeroviários de Guarulhos, Porto Alegre, Campinas, do Recife, dos 22 estados da base do Sindicato Nacional dos Aeroviários e o Sindicato Nacional dos Aeronautas farão assembleias com as categorias para definir os próximos passos para as negociações.

Na última assembleia, aeronautas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Belém e Campinas já aprovaram o "estado de alerta", para intensificar a mobilização.

Avanço

Apesar de ser um aumento real baixo, esta é a primeira vez que as companhias aéreas apresentam uma proposta acima da inflação. Nas cinco rodadas de negociação anteriores, as empresas mantiveram firme a proposta de apenas conceder a reposição da inflação, reajuste que, conforme informaram as companhias, foi antecipado, em relação ao desfecho das negociações, na primeira quinzena de dezembro. A data-base da categoria é 1º de dezembro.

Em nota, SNEA e Abear salientaram fatores externos às empresas e que influenciaram negativamente as operações das companhias ao longo dos últimos anos, como a volatilidade da cotação do dólar em relação ao real e do preço do barril de petróleo.

"Consequentemente, os resultados financeiros das companhias aéreas têm registrado forte impacto negativo", disseram as entidades.

Mas a Fentac considera que as aéreas têm condições de conceder um ganho real maior nos salários, e citam o crescimento da produtividade e da demanda por transporte de passageiros - que ficou em 5,33% no Brasil, nos últimos 12 meses, segundo a Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC).

"Os dados reforçam que as aéreas podem avançar mais", afirma Dias. Segundo a federação, nos últimos dez anos, apenas em 2006, 2009 e 2013, os aeroviários e aeronautas da base da CUT conquistaram ganhos reais nos salários maiores que 1%.

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