Brasil

Aécio diz que cresceu bem mais que Dilma no 2º turno

Candidato do PSDB disse estar "extremamente feliz" com os resultados das últimas pesquisas eleitorais


	Aécio Neves (PSDB): chegada ao 2º turno foi possível graças a uma forte arrancada a poucos dias da votação
 (Mario Tama/Getty Images)

Aécio Neves (PSDB): chegada ao 2º turno foi possível graças a uma forte arrancada a poucos dias da votação (Mario Tama/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2014 às 17h42.

São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse nesta quinta-feira estar "extremamente feliz" com os resultados das últimas pesquisas eleitorais, afirmando que sua candidatura cresceu bem mais do que a da presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição.

"Nós tínhamos 33 por cento (dos votos válidos) em 5 de outubro e hoje estamos com 51 por cento das intenções de voto, eu não sei se em outra campanha na história da democracia brasileira houve um crescimento tão grande de uma candidatura em tão pouco tempo", afirmou Aécio a jornalistas, acrescentando que nunca esperou uma eleição fácil.

"Agora, o governo tem uma base de sustentação sólida e, obviamente atua no mesmo caminho que fez com Marina, com Eduardo, na tentativa da desconstrução (da candidatura do PSDB)", acrescentou Aécio.

Os levantamentos Datafolha e Ibope divulgados na quarta-feira mostraram estabilidade na corrida presidencial, com ambos os institutos apontando o tucano com 51 por cento dos votos válidos contra 49 por cento para Dilma, em empate técnico e com o mesmo resultado das pesquisas feitas na semana passada.

Havia expectativa, em particular no mercado financeiro, de que Aécio --candidato preferido pela maioria dos investidores-- continuasse a crescer nas pesquisas eleitorais, em meio aos escândalos de suposta corrupção na estatal Petrobras e pelo apoio de partidos e da terceira colocada no primeiro turno, Marina Silva (PSB), ao tucano.

A chegada de Aécio ao segundo turno foi possível graças a uma forte arrancada a poucos dias da votação.

"Eu nunca achei que seria uma eleição fácil, talvez meus adversários achassem que seria uma eleição fácil", disse o tucano na entrevista realizada numa produtora onde grava programas eleitorais, na capital paulista.

Aécio reiterou críticas à campanha do PT e classificou a atual eleição como "a mais vergonhosa da democracia brasileira".

"Nossa adversária perdeu totalmente a condição de debater os temas que interessam aos brasileiros. A campanha dela é uma fraude permanente", afirmou.

"O PT, depois de 12 anos, desta vez, pela primeira vez, trabalha com a possibilidade de perder a eleição, e então é esse vale-tudo."

O candidato do PSDB rebateu o que disse serem dados mentirosos divulgados pela presidente Dilma sobre seu governo em Minas Gerais. "A informação da presidente da República de que não foram investidos 7 milhões (de reais) na saúde é mentirosa", declarou.

"A presidente pode fazer todo o esforço que quiser, ela pode seguir o seu marqueteiro, que na verdade me parece discípulo de (Joseph) Goebbels, o ministro da Informação nazista de Hitler, que dizia que uma mentira repetida mil vezes se transforma numa verdade, mas aqui eu não vou deixar que isso aconteça", afirmou.

"O meu governo em Minas é um governo honrado do começo ao fim", completou o candidato, que governou o Estado de 2003 a 2010.

Aécio iniciou sua declaração à imprensa citando dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) de que um adolescente morre por hora no Brasil e prometeu "resgatar" 20 milhões de jovens que não concluíram ou o ensino médio ou o fundamental no país. "Precisamos, acima de tudo, que o Brasil volte a crescer para dar oportunidades a estes jovens. É um número avassalador, fiquei chocado com o detalhamento do relatório que recebi do Unicef. Esse é um grande desafio", disse.

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesEleiçõesEleições 2014Oposição políticaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSDB

Mais de Brasil

Ex-BBB, ex de Zezé e Luisa Mell são candidatos a vereador pelo União Brasil em SP

As cidades mais caras para viver no Brasil

Enchentes causam mais de R$ 10 bilhões em prejuízos ao Rio Grande do Sul, mostra relatório

SP deve ficar ao menos 6ºC mais quente até 2050, com eventos extremos do clima no estado

Mais na Exame