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Adolescente suspeito de assassinato foi apreendido 15 vezes

O delegado afirma que o jovem foi apreendido pela primeira vez em 2010, aos 11 anos, por crime contra o patrimônio, na mesma rua onde teria assassinado o médico

Policiais percorrem favela de Manguinhos: em frente à casa do adolescente foram encontradas quatro facas e duas tesouras; ainda não se sabe se uma delas foi a arma utilizada no crime (Tânia Rêgo/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2015 às 15h34.

Rio de Janeiro - O adolescente suspeito de esfaquear o médico Jaime Gold, de 56 anos, na noite da última terça-feira na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul, já havia sido detido 15 vezes, antes de ser apreendido novamente nesta quinta-feira, 21. O jovem costumava praticar roubos na região de Ipanema, Leblon e Lagoa, na zona sul, segundo a Polícia Civil.

"Em conversa informal ele foi categórico em dizer que furta e rouba bicicletas na zona sul e vende para algumas pessoas da própria comunidade em Manguinhos", informou o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Rivaldo Barbosa.

Ele foi preso em casa, por volta de 5h, na comunidade de Manguinhos, zona norte do Rio, por agentes da Delegacia de Homicídios.

Levado para a delegacia na Barra da Tijuca, o jovem está prestando depoimento em companhia da mãe e de uma irmã. O segundo suspeito de participar do crime ainda não foi localizado.

A Polícia Civil afirmou que o menor de idade foi reconhecido por testemunhas.

De acordo com Barbosa, as investigações apontam que a região funcionaria como um centro de receptação de bicicletas roubadas na zona sul da cidade. Agentes identificaram e apreenderam nove bicicletas próximas à casa do adolescente, com indícios de que tenham sido roubadas - não se sabe ainda por quem. A bicicleta do médico Jaime Gold não foi encontrada.

"Existe bicicleta ali que custa 30 mil reais, ao que parece", informou o delegado. No corredor em frente à casa do adolescente em Manguinhos, foram encontradas quatro facas, incluindo um facão, e duas tesouras. Ainda não se sabe se uma delas foi a arma utilizada no crime da última terça-feira.

O delegado afirma que o jovem foi apreendido pela primeira vez em 2010, aos 11 anos, por crime contra o patrimônio, na mesma rua onde o médico foi assassinado , a Epitácio Pessoa, na Lagoa. Depois dessa apreensão, foram mais quatorze. As últimas três passagens pela polícia, em 2014, foram todas na zona sul, nos bairros do Leblon e Ipanema, duas por roubo e uma por fato administrativo.

Depois de ouvido por um policial civil e um psicólogo, o adolescente será encaminhado a um juiz da infância e da juventude, que pode determinar a internação do menor em uma unidade socioeducativa.

Redução da maioridade

Ao falar sobre a apreensão do menor de 16 anos, suspeito de ter roubado e matado o médico Jaime Gold, de 56 anos, o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Rivaldo Barbosa, afirmou que reduzir a maioridade penal é "abrir mão desses adolescentes".

"Se você baixar a maioridade penal, vai estar abrindo mão desses adolescentes. A gente tem que pensar em um trabalho de ressocialização", ressaltou o delegado.

Mesmo se dizendo surpreso com "a frieza e a forma covarde sem nenhum sentimento com o ser humano" que mostraram os autores do crime, o delegado destacou que o caso "supera a fase da polícia". "Há que se pensar com um pensamento social", defendeu.

Atualmente, tramita no Congresso um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que reduz a maioridade penal no País de 18 para 16 anos.

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Rio de Janeiro - O adolescente suspeito de esfaquear o médico Jaime Gold, de 56 anos, na noite da última terça-feira na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul, já havia sido detido 15 vezes, antes de ser apreendido novamente nesta quinta-feira, 21. O jovem costumava praticar roubos na região de Ipanema, Leblon e Lagoa, na zona sul, segundo a Polícia Civil.

"Em conversa informal ele foi categórico em dizer que furta e rouba bicicletas na zona sul e vende para algumas pessoas da própria comunidade em Manguinhos", informou o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Rivaldo Barbosa.

Ele foi preso em casa, por volta de 5h, na comunidade de Manguinhos, zona norte do Rio, por agentes da Delegacia de Homicídios.

Levado para a delegacia na Barra da Tijuca, o jovem está prestando depoimento em companhia da mãe e de uma irmã. O segundo suspeito de participar do crime ainda não foi localizado.

A Polícia Civil afirmou que o menor de idade foi reconhecido por testemunhas.

De acordo com Barbosa, as investigações apontam que a região funcionaria como um centro de receptação de bicicletas roubadas na zona sul da cidade. Agentes identificaram e apreenderam nove bicicletas próximas à casa do adolescente, com indícios de que tenham sido roubadas - não se sabe ainda por quem. A bicicleta do médico Jaime Gold não foi encontrada.

"Existe bicicleta ali que custa 30 mil reais, ao que parece", informou o delegado. No corredor em frente à casa do adolescente em Manguinhos, foram encontradas quatro facas, incluindo um facão, e duas tesouras. Ainda não se sabe se uma delas foi a arma utilizada no crime da última terça-feira.

O delegado afirma que o jovem foi apreendido pela primeira vez em 2010, aos 11 anos, por crime contra o patrimônio, na mesma rua onde o médico foi assassinado , a Epitácio Pessoa, na Lagoa. Depois dessa apreensão, foram mais quatorze. As últimas três passagens pela polícia, em 2014, foram todas na zona sul, nos bairros do Leblon e Ipanema, duas por roubo e uma por fato administrativo.

Depois de ouvido por um policial civil e um psicólogo, o adolescente será encaminhado a um juiz da infância e da juventude, que pode determinar a internação do menor em uma unidade socioeducativa.

Redução da maioridade

Ao falar sobre a apreensão do menor de 16 anos, suspeito de ter roubado e matado o médico Jaime Gold, de 56 anos, o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Rivaldo Barbosa, afirmou que reduzir a maioridade penal é "abrir mão desses adolescentes".

"Se você baixar a maioridade penal, vai estar abrindo mão desses adolescentes. A gente tem que pensar em um trabalho de ressocialização", ressaltou o delegado.

Mesmo se dizendo surpreso com "a frieza e a forma covarde sem nenhum sentimento com o ser humano" que mostraram os autores do crime, o delegado destacou que o caso "supera a fase da polícia". "Há que se pensar com um pensamento social", defendeu.

Atualmente, tramita no Congresso um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que reduz a maioridade penal no País de 18 para 16 anos.

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