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Acidente aéreo em Vinhedo: caixas-pretas já estão em Brasília para investigação do Cenipa

O chefe do órgão fará um pronunciamento à imprensa hoje à tarde, na entrada do Condomínio Residencial Recanto Florido, local da ocorrência aeronáutica

Agência o Globo
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Publicado em 10 de agosto de 2024 às 13h06.

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As caixas-pretas do avião da companhia Voepass, antiga Passaredo, que caiu em Vinhedo (SP), com 58 passageiros e quatro tripulantes a bordo, já chegaram em Brasília, onde serão analisadas Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), informou a FAB.

O Chefe do Cenipa, Brigadeiro do Ar Marcelo Moreno, fará um pronunciamento à imprensa, com a presença de representantes das demais instituições envolvidas na ocorrência, às 13 horas de hoje, na entrada do Condomínio Residencial Recanto Florido, local da ocorrência aeronáutica.

O acidente foi o quinto mais letal em solo brasileiro e o mais grave no Brasil desde a queda do voo do Airbus da Air France no Atlântico, em que morreram 228 pessoas que haviam saído do Rio rumo a Paris. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e a Polícia Federal investigam as causas do desastre.

O que já se sabe?

O avião estava com 62 pessoas a bordo: 58 passageiros e quatro tripulantes. Todos morreram. Os passageiros estavam indo de Cascavel para Guarulhos, em São Paulo. Entre eles estavam um pai e uma filha de 3 anos, uma jovem que iria para os EUA comemorar o aniversário de 31 anos, nove pessoas ligadas a uma universidade federal do Paraná, entre outros.

Quem era o piloto?

O comandante do Voo 2283 da Voepass, Danilo Santos Romano, tinha apenas 35 anos e começou a carreira como co-piloto de A320 na Avianca. Depois de três anos na função, ele foi promovido a co-piloto do A330, que faz voos internacionais. Com a quebra da Avianca, ele foi para o exterior e chegou a trabalhar em uma empresa do Cazaquistão, a Air Astana.

Ele estava na Voepass há um ano e dez meses. Entrou como co-piloto e foi promovido a comandante em julho do ano passado. Em junho, ele concluiu uma pós-graduação latu sensu em gestão de segurança de voo na faculdade Unyleya.

Qual era o modelo do avião?

A aeronave era do modelo ATR-72, tinha dez anos de uso e estava em situação regular. Documento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostra que ela foi fabricada em 2010 pela empresa franco-italiana Avions de Transport Régional (ATR) e estava arrendado para a Voepass desde 2022. No documento, aparece como proprietária da aeronave a empresa Wilmington Company, com sede em Delaware, nos Estados Unidos.

A caixa preta já foi encontrada?

O chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), brigadeiro Marcelo Moreno, disse nesta sexta-feira que foram encontrados os gravadores de voz e de dados da aeronave. Os equipamentos compõem a chamada "caixa-preta". Os investigadores do Cenipa localizaram os dispositivos no local do acidente e devem levá-lo ao laboratório em Brasília.

O que causou o acidente?

Ainda não se sabe. Apesar do tom cauteloso adotado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à Aeronáutica, a formação de gelo nas asas da aeronave é uma linha forte de investigação dos militares. Isto causa distorção na aerodinâmica da asa, além de impor um excessivo aumento de peso, o que provoca a perda da sustentação e queda, disse uma fonte no órgão.

O avião possuía algum problema?

A Voepass afirma que afirmou que os sistemas da aeronave modelo ATR-72 estavam em funcionamento no momento da decolagem. A empresa vai enviar ao órgão o histórico de inspeção continuada da aeronave, o que pode ajudar na investigação.

O avião caiu cerca de quatro mil metros em apenas um minuto. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) ainda vai analisar as informações disponíveis para avaliar o que aconteceu. Essa perícia pode levar mais de um ano para trazer respostas.

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