Exame Logo

Achei estranhíssimo vazamento neste momento, diz Cardozo

Cardozo também defendeu que, se for identificada a pessoa que vazou o suposto conteúdo da delação, ela terá que ser punida porque cometeu um crime

José Eduardo Cardozo: na quinta-feira, Dilma condenou o que chamou de "vazamentos oportunistas e seletivos" do conteúdo das delações (Paulo Whitaker)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2016 às 16h29.

Brasília - O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, reforçou o coro do governo de que o vazamento de delações premiadas da Operação Lava Jato neste momento tem o objetivo de fragilizar a presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment.

"Achei estranhíssimo o vazamento da delação (da Andrade Gutierrez). Eu não consigo não ver uma associação entre os fatos. Alguém vazou ilegalmente, criminalmente, e eu não sei se é verdade aquilo que está lá. Por que fez isso?", questionou.

Cardozo também defendeu que, se for identificada a pessoa que vazou o suposto conteúdo da delação, ela terá que ser punida porque cometeu um crime.

Na quinta-feira, Dilma condenou o que chamou de "vazamentos oportunistas e seletivos" do conteúdo das delações e disse que essa situação havia passado dos limites.

Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, executivos da empreiteira disseram que recursos de propina abasteceram a campanha da presidente em 2010 e 2014.

Relatório

Cardozo afirmou também que convocou uma entrevista coletiva para dar "subsídios" aos parlamentares que vão participar nesta tarde da discussão sobre o relatório pró-impeachment apresentado pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

No início da tarde, líderes partidários fecharam acordo e essa sessão de debates deverá terminar até às 3h da madrugada de sábado.

Por enquanto, há ao menos 108 inscritos e 25 líderes para se manifestar.

Cardozo voltou a afirmar que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), agiu por vingança ao aceitar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para ele, o relatório não tratou dessa questão.

Ele também reafirmou que o relatório de Jovair tem equívocos técnicos e jurídicos e que o documento colide com a Constituição. Para o advogado-geral da União, o parecer apresentado na última quarta-feira mostra que o impeachment é um processo político, sem base legal.

Cardozo também acusa o deputado de considerar denúncias que não fazem parte do pedido original e que o relatório inclui pontos que haviam sido rejeitados pelo próprio Cunha na denúncia original.

O advogado-geral da União argumenta ainda que Jovair não é claro sobre quais acusações contra Dilma estava levando em consideração quando mencionou a Operação Lava Jato. "Como pode se defender alguém que não sabe do que é acusado?"

Veja também

Brasília - O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, reforçou o coro do governo de que o vazamento de delações premiadas da Operação Lava Jato neste momento tem o objetivo de fragilizar a presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment.

"Achei estranhíssimo o vazamento da delação (da Andrade Gutierrez). Eu não consigo não ver uma associação entre os fatos. Alguém vazou ilegalmente, criminalmente, e eu não sei se é verdade aquilo que está lá. Por que fez isso?", questionou.

Cardozo também defendeu que, se for identificada a pessoa que vazou o suposto conteúdo da delação, ela terá que ser punida porque cometeu um crime.

Na quinta-feira, Dilma condenou o que chamou de "vazamentos oportunistas e seletivos" do conteúdo das delações e disse que essa situação havia passado dos limites.

Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, executivos da empreiteira disseram que recursos de propina abasteceram a campanha da presidente em 2010 e 2014.

Relatório

Cardozo afirmou também que convocou uma entrevista coletiva para dar "subsídios" aos parlamentares que vão participar nesta tarde da discussão sobre o relatório pró-impeachment apresentado pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

No início da tarde, líderes partidários fecharam acordo e essa sessão de debates deverá terminar até às 3h da madrugada de sábado.

Por enquanto, há ao menos 108 inscritos e 25 líderes para se manifestar.

Cardozo voltou a afirmar que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), agiu por vingança ao aceitar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para ele, o relatório não tratou dessa questão.

Ele também reafirmou que o relatório de Jovair tem equívocos técnicos e jurídicos e que o documento colide com a Constituição. Para o advogado-geral da União, o parecer apresentado na última quarta-feira mostra que o impeachment é um processo político, sem base legal.

Cardozo também acusa o deputado de considerar denúncias que não fazem parte do pedido original e que o relatório inclui pontos que haviam sido rejeitados pelo próprio Cunha na denúncia original.

O advogado-geral da União argumenta ainda que Jovair não é claro sobre quais acusações contra Dilma estava levando em consideração quando mencionou a Operação Lava Jato. "Como pode se defender alguém que não sabe do que é acusado?"

Acompanhe tudo sobre:Andrade GutierrezDilma RousseffEmpresasEmpresas brasileirasHoldingsImpeachmentOperação Lava JatoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame