Ação da PM foi reação a manifestantes na Esplanada, diz Maia
Segundo ele, a Polícia Legislativa estava acompanhando o trabalho da PM, para garantir a segurança do Congresso e a integridade dos manifestantes
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de novembro de 2016 às 21h14.
Brasília - Após ser cobrado por deputados da oposição a tomar uma posição em relação à confusão em frente ao Congresso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a ação da Polícia Militar foi uma reação à violência dos manifestantes.
Segundo Maia, essa não é uma "situação simples", pois ele teria recebido a informação de que os estudantes haviam jogado bombas em direção aos policiais.
Segundo ele, a Polícia Legislativa estava acompanhando o trabalho da PM, para garantir a segurança do Congresso e a integridade dos manifestantes.
"Quando há agressão por parte de alguns manifestantes, não estou dizendo que a maioria, tenho certeza que é a minoria, não cabe à policia outra reação a não ser garantir a ordem pública na cidade de Brasília", disse, durante a votação do projeto do estatuto da segurança privada.
Deputados da oposição usaram a tribuna no plenário para criticar o que chamaram de "truculência" da PM. Outros parlamentares, especialmente os da chamada "bancada da bala", formada por policiais, apoiou a atitude das forças de segurança, que usaram bombas de efeito moral e gás lacrimogênio para dispersar a manifestação.
"São black blocs, são baderneiros profissionais. Se a Polícia não age, seria um estrago muito maior", disse Alberto Fraga (DEM-DF).
Já o deputado Fernando Francischini (SD-PR) afirmou que os manifestantes eram pagos para protestar contra a PEC do teto.
"Juntaram um bando de baderneiros lá fora." Segundo o deputado Sóstenes Cavalcanti (DEM-RJ) os atos pró-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foram pacíficos, por isso não houve conflitos na Esplanada. "Isso não é democracia, é baderna."