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Ação da oposição contra Dilma é factóide, diz Cardozo

O ministro disse que a oposição está tentando criar um factóide jurídico ao usar vazamentos de delação para levar a ideia de impeachment de Dilma adiante

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: ministro da Justiça tem sido cobrado por seu partido, o PT, pelos vazamentos da delação (José Cruz/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2015 às 22h41.

Brasília - O ministro da Justiça , José Eduardo Cardozo, disse que a oposição está tentando criar um "factóide jurídico" ao usar os vazamentos da delação de Ricardo Pessoa para levar uma representação ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff .

"Uma representação dessa natureza não só não tem nenhum significado jurídico real para propiciar qualquer investigação que já não deva ser feita, mas como resvala para o campo de eventual denunciação caluniosa", escreveu o ministro em nota divulgada nesta terça-feira, 30.

Um grupo de parlamentares de oposição anunciou nesta terça que as siglas oposicionistas entraram com uma representação na Procuradoria-Geral da República por crime de extorsão contra a presidente Dilma Rousseff e o então tesoureiro da sua campanha, ministro Edinho Silva. A medida foi anunciada após um encontro com lideranças do PSDB, DEM, PPS e Solidariedade.

A medida acontece dias depois de vazamentos da delação de Ricardo Pessoa, dono da UTC e um dos delatores da Operação Lava Jato, trazer nomes próximos à presidente à lista de supostos beneficiários do esquema de corrupção envolvendo a Petrobras.

De acordo com o empreiteiro, que teve seu acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana, as campanhas de Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula foram beneficiadas por um esquema envolvendo "caixa 2".

O delator citou ainda dois ministros de Estado: Edinho Silva (Comunicação Social), que foi tesoureiro da campanha de Dilma no ano passado, e Aloizio Mercadante (Casa Civil), entre outros petistas.

Cardozo enfatizou que os parlamentares estão utilizando apenas "notícias veiculadas pela imprensa" para embasar o pedido e disse que a delação de Ricardo Pessoa ainda "será objeto de maturação e apreciação pelos órgãos competentes, em todos os fatos narrados pelo delator", disse.

O ministro da Justiça tem sido cobrado por seu partido, o PT, pelos vazamentos da delação de Pessoa que levaram ao centro do escândalo nomes próximos à presidente Dilma.

O ministro disse ainda que "causa ainda espécie que a aludida representação peça apuração isolada daquilo que, em tese, seria apenas uma das alegações de delator, e que, convenientemente, tenha se esquecido de outras alegações que poderiam atingir membros da própria oposição".

Por fim, o ministro disse que tais ações devem ser "prontamente repudiadas" e negou as acusações de Pessoa, de que a campanha de Dilma foi beneficiada pelo esquema.

"Reafirmamos que a campanha da presidente Dilma Rousseff foi realizada em estrita conformidade com o estabelecido na legislação eleitoral, tendo as suas contas sido regularmente auditadas e aprovadas por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)."

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Brasília - O ministro da Justiça , José Eduardo Cardozo, disse que a oposição está tentando criar um "factóide jurídico" ao usar os vazamentos da delação de Ricardo Pessoa para levar uma representação ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff .

"Uma representação dessa natureza não só não tem nenhum significado jurídico real para propiciar qualquer investigação que já não deva ser feita, mas como resvala para o campo de eventual denunciação caluniosa", escreveu o ministro em nota divulgada nesta terça-feira, 30.

Um grupo de parlamentares de oposição anunciou nesta terça que as siglas oposicionistas entraram com uma representação na Procuradoria-Geral da República por crime de extorsão contra a presidente Dilma Rousseff e o então tesoureiro da sua campanha, ministro Edinho Silva. A medida foi anunciada após um encontro com lideranças do PSDB, DEM, PPS e Solidariedade.

A medida acontece dias depois de vazamentos da delação de Ricardo Pessoa, dono da UTC e um dos delatores da Operação Lava Jato, trazer nomes próximos à presidente à lista de supostos beneficiários do esquema de corrupção envolvendo a Petrobras.

De acordo com o empreiteiro, que teve seu acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana, as campanhas de Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula foram beneficiadas por um esquema envolvendo "caixa 2".

O delator citou ainda dois ministros de Estado: Edinho Silva (Comunicação Social), que foi tesoureiro da campanha de Dilma no ano passado, e Aloizio Mercadante (Casa Civil), entre outros petistas.

Cardozo enfatizou que os parlamentares estão utilizando apenas "notícias veiculadas pela imprensa" para embasar o pedido e disse que a delação de Ricardo Pessoa ainda "será objeto de maturação e apreciação pelos órgãos competentes, em todos os fatos narrados pelo delator", disse.

O ministro da Justiça tem sido cobrado por seu partido, o PT, pelos vazamentos da delação de Pessoa que levaram ao centro do escândalo nomes próximos à presidente Dilma.

O ministro disse ainda que "causa ainda espécie que a aludida representação peça apuração isolada daquilo que, em tese, seria apenas uma das alegações de delator, e que, convenientemente, tenha se esquecido de outras alegações que poderiam atingir membros da própria oposição".

Por fim, o ministro disse que tais ações devem ser "prontamente repudiadas" e negou as acusações de Pessoa, de que a campanha de Dilma foi beneficiada pelo esquema.

"Reafirmamos que a campanha da presidente Dilma Rousseff foi realizada em estrita conformidade com o estabelecido na legislação eleitoral, tendo as suas contas sido regularmente auditadas e aprovadas por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)."

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