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Abdib e governo vão qualificar mão de obra para a construção civil

Acordo entre o Ministério do Trabalho e a Abdib pretende qualificar 100 mil trabalhadores até 2014

Carlos Lupi, ministro do Trabalho e Emprego: falta de mão de obra ameaça a construção civil no país (Roosewelt Pinheiro/AGÊNCIA BRASIL)

Carlos Lupi, ministro do Trabalho e Emprego: falta de mão de obra ameaça a construção civil no país (Roosewelt Pinheiro/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 15h08.

São Paulo – O Ministério do Trabalho e Emprego e a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) firmaram hoje (25) termo de cooperação técnica para promover ações de qualificação profissional voltadas para a construção civil na infraestrutura.

O objetivo é qualificar, em quatro anos, cerca de 100 mil trabalhadores com idade acima de 16 anos, em diversas áreas, como solda, encanamento e instalação de tubulações, instalações elétricas, montagem de estruturas de madeira e metal, pintura de obras e estruturas metálicas, além de estruturas de alvenaria.

Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, se não houver prioridade para a qualificação da mão de obra, o crescimento do país pode ser afetado porque a produção e a contratação de trabalhadores podem cair em todos os setores da construção civil devido à falta de profissionais qualificados.

“Essa parceria com a Abdib é exatamente para isso, porque eles [membros da associação] estão no local e sabem da realidade. Nosso desafio é construir os cursos de maneira tão transparente e fundamentada que só atraia instituições sérias”, disse o ministro.

O presidente da Abdib, Paulo Godoy, afirmou que o convênio é uma contribuição do setor ao governo para promover treinamento de pessoas especialmente nas regiões em que há dificuldade em implantar tais cursos, como os canteiros de obras e empreendimentos afastados dos grandes centros. “Nosso alvo é ir correndo para essa demanda e auxiliar os investidores e as construtoras nessa tarefa difícil de treinar mão de obra na velocidade que a demanda exige.”

Godoy informou que o ministério arcará com uma parte do custo dos cursos de qualificação, contribuindo com a estrutura já existente. O restante será custeado pelas empresas que aderirem ao projeto.

Segundo Godoy, o custo da iniciativa não preocupa as empresas, porque o projeto é autofinanciado. "Se montamos um bom programa, as empresas que treinarão seus profissionais acabarão elas mesmo custeando a iniciativa. É provável que tenhamos um grande canteiro que possa dar o impulso ao programa”, disse ele.

Lupi comentou ainda que considera "factível" a criação de mais de 3 milhões de empregos neste ano. “O resultado de janeiro já foi muito bom. Foram 150 mil, sem o ajuste feito quanto recebemos todos os dados das empresas que mandam [informações] fora do prazo. O menor crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] também não afeta negativamente a geração de empregos”, afirmou.

Sobre a questão do aumento da idade para a aposentadoria, o ministro defendeu que seja discutida para quem está entrando no mercado de trabalho agora. “Não se pode mexer em direito adquirido dos que já estão no mercado de trabalho. Para quem está entrando agora, mudou a faixa etária, mudaram as condições de vida da população, que vive mais”, ressaltou.

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