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A saída de Alves; a revolta de Renan…

Caiu mais um O ministro do Turismo, Henrique Alves, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira. Em carta ao presidente interino Michel Temer, ele afirmou que seu gesto é “em prol do bem maior”. Alves era um dos ministros de Temer investigados pela Lava-Jato e, com o fim do sigilo da delação do ex-presidente da Transpetro, […]

HENRIQUE EDUARDO ALVES: investigado na Lava-Jato, demissão, segundo ele, é “em prol do bem maior” / José Cruz/Agência Brasil
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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2016 às 19h02.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h24.

Caiu mais um
O ministro do Turismo, Henrique Alves, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira. Em carta ao presidente interino Michel Temer, ele afirmou que seu gesto é “em prol do bem maior”. Alves era um dos ministros de Temer investigados pela Lava-Jato e, com o fim do sigilo da delação do ex-presidente da Transpetro, descobriu-se que ele também é acusado de ter recebido 1,5 milhão de reais em propinas de 2008 a 2014. Ele já era investigado por uma suposta troca de favores com a empreiteira OAS. Alves é o terceiro ministro de Temer a sair do cargo.

Tudo “por fora”
Na esteira de sua delação premiada, Sérgio Machado entregou à Procuradoria-Geral da República planilhas que descrevem o repasse de propinas a políticos de 2003 a 2014. Segundo ele, 76% dos recursos enviados não foram contabilizados como doações na Justiça Eleitoral. Dos 106 milhões de reais repassados, 81 milhões foram entregues em dinheiro. Somente o presidente do Senado, Renan Calheiros, teria recebido 32 milhões de reais.

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Temer nega
Em pronunciamento nesta quinta-feira, o presidente interino Michel Temer negou as acusações de Sérgio Machado e as classificou de “mentirosas” e “criminosas”. Sem oportunidade para perguntas da imprensa, o presidente optou pelo pronunciamento por entender que a nota emitida na quarta-feira 15 não havia sido forte o suficiente. Segundo Temer, não será um “fato leviano” que atrapalhará a atividade governamental. Machado o acusa de pedir recursos ilícitos — 1,5 milhão de reais — para a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo em 2012.

A revolta de Renan
O presidente do Senado, Renan Calheiros, atacou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta quinta-feira. Segundo ele, o procurador “extrapolou” os limites ao pedir a prisão de senadores no exercício do mandato. “Quando as pessoas perdem o limite da Constituição, perdem também o limite do ridículo”, afirmou. Nesse contexto, sugeriu que trabalhará no “aperfeiçoamento” da lei da delação premiada. Garantiu, contudo, que não busca interferir na Lava-Jato. Sobre os 11 inquéritos que o investigam na operação, Renan afirmou que essa é uma maneira “burra” de investigação porque “deturpa a democracia, embaça a verdade e dificulta a vida das pessoas”.

Reforma trabalhista no radar
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quinta-feira que o país precisa caminhar no “rumo da terceirização”, referindo-se ao projeto que está no Senado e trata do tema. Segundo ele, a reforma trabalhista tem de vir junto da reforma da Previdência para “fomentar o aumento da produtividade”.

Dilma ataca
A presidente afastada Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira, em Salvador, que Michel Temer está demonstrando ao Brasil que seu programa “não passaria nas urnas”. Acompanhada do ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, Dilma recebeu o título de cidadã baiana na Assembleia Legislativa da Bahia. Ela também afirmou que o Bolsa Família corre risco e que o governo interino pode acabar com a faixa que destina imóveis para os mais pobres do Minha Casa, Minha Vida. Na sexta-feira, Dilma segue para Recife.

Os bens de Cunha
O deputado afastado Eduardo Cunha pediu ao Supremo a anulação da decisão da Justiça do Paraná que determinou o bloqueio de seus bens e a quebra de seu sigilo fiscal. Ele alega que a Justiça do estado não pode julgá-lo, uma vez que tem foro privilegiado. A decisão da Justiça veio de um pedido do Ministério Público do Paraná, em ação civil, que solicitou a cassação de seus direitos políticos por dez anos e o pagamento de 100 milhões de reais em multa.

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