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Governo Temer faz reunião do não voto pela Previdência

No fim de semana, o presidente Michel Temer se reúne sábado com Geraldo Alckmin, deputados, líderes partidários e ministros na busca por apoio

Rodrigo Maia : presidente da Câmara dos Deputados. pessoa que mais repetiu a frase de que o governo segue sem os votos necessários, descarta “pautar para perder ” a matéria (Cristiano Mariz/VEJA)
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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 09h01.

Última atualização em 1 de dezembro de 2017 às 09h19.

A frase da semana é “o governo não tem votos para aprovar a Previdência”. A PEC da reforma das aposentadorias tinha data para chegar ao Plenário, a próxima quarta-feira 6, mas os planos devem mudar.

No fim de semana, o presidente Michel Temer se reúne sábado com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que será presidente do seu partido e que o presidente quer angariar apoio para a votação, e domingo com deputados, líderes partidários e ministros, para tentar convencê-los que ainda dá.

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A desilusão pela busca de votos, contudo, pode minar as negociações que nem começaram. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), – pessoa que mais repetiu a frase de que o governo segue sem os votos necessários – descarta “pautar para perder ” a matéria.

Assim, a votação seria transferida para dia 12 de dezembro e apertaria o prazo para um segundo turno na Câmara ainda neste ano. Não custa lembrar, a Previdência precisa ser aprovada em duas sessões, por 308 deputados.

Dali, a matéria seguiria para o Senado, somente em 2018. Na melhor das hipóteses, seria apreciada em março. Na pior, onde o atraso na Câmara se confirma, a votação pode chegar a abril de 2018.

Trata-se do momento em que boa parte dos senadores estará atenta com outra pauta: disputar as eleições. No ano que vem, a renovação do Senado é de dois terços das vagas, em que a maioria luta por reeleição. O restante costuma se lançar a governador de seus estados.

A reunião sem previsão de resultado colocar o ponto de interrogação definitivo na reforma da Previdência. O governo faz um último esforço, mas nada indica que será aprovado.

Em enquete realizada pelo jornal Folha de S. Paulo, 210 parlamentares declararam voto contra a proposta. Apenas 42 foram declaradamente favoráveis.

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