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A pedido de empresas, Metrô adia leilão da Linha 5-Lilás

A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos informou que o adiamento é para que as empresas tenham mais tempo para preparar suas propostas

Linha 5-Lilás: a promessa de Alckmin é entregar em 2017 9 das 10 estações em construção (Germano Lüders / EXAME/Exame Hoje)

Linha 5-Lilás: a promessa de Alckmin é entregar em 2017 9 das 10 estações em construção (Germano Lüders / EXAME/Exame Hoje)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de junho de 2017 às 16h18.

São Paulo - A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos adiou o leilão que ocorreria na próxima terça-feira, 4, para escolher uma concessionária que vai operar a Linha 5-Lilás do Metrô, ramal em obras na zona sul da cidade que deve estar concluído até o ano que vem.

A promessa do governador Geraldo Alckmin (PSDB) é entregar ainda em 2017 9 das 10 estações em construção. O ramal já opera entre Capão Redondo e Santo Amaro, na Estação Adolfo Pinheiro.

Por meio de nota, a secretaria informou o adiamento "atende a um pedido de empresas do setor para que tenham mais tempo para preparar suas propostas e visa permitir ainda que mais companhias possam participar da concorrência".

O leilão inclui ainda a operação da Linha 17-Ouro, o monotrilho da zona sul, em obras na região da Avenida Jornalista Roberto Marinho. A ideia do governo é que um operador privado administre as linhas.

Em entrevistas passadas, o secretário de Transpores Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, já havia destacado que esses ramais precisam de um operador privado, uma vez que o Metrô não tem funcionários suficientes para operar mais essas linhas além das cinco linhas que já administra (1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 5-Lilás e 15-Prata, uma vez que a Linha 4-Amarela já é concedida à empresa ViaQuatro).

Assim, a ideia original era conceder esses ramais antes de a operação comercial se iniciar.

O leilão tem lance mínimo definido em R$ 189,6 milhões. Quem vencer vai receber parte da receita das bilheterias e pode explorar comercialmente as estações por um período de 20 anos.

"O valor estimado do contrato é de R$ 10,8 bilhões, o que corresponde à soma das receitas tarifárias de remuneração e de receitas não operacionais, como exploração comercial de espaços livres nas estações, por exemplo", informa a secretaria.

Há previsão que a empresa vencedora faça investimentos, nesse período, de até R$ 3 bilhões.

A nova data do leilão ficou para 28 de setembro. Assim como ocorreria na terça, o leilão deve ocorrer na BM&F Bovespa.

Entregas

Três estações da Linha 5 devem ter as obras concluídas e início da operação assistida já no mês que vem, segundo promessa feita pelo governador em março. São elas: Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin.

Até dezembro, o ramal deverá ser integrado às linhas 1-Azul (na Estação Santa Cruz) e 2-Verde (em Chácara Klabin). A última estação restante, Campo Belo, ficará para 2018.

A Linha 5 foi alvo de investigações sobre atuação de cartel tanto nas obras civis quanto na aquisição de material rodante.

Ela chegou a ficar paralisada por causa das investigações. A promessa original é que ela tivesse sido aberta em 2015.

Umas dos efeitos prometidos pelo governo com a nova conexão, além das melhorias no tempo de viagem de moradores da zona sul, é uma melhora no corredor de conexão entre as Linhas 4-Amarela e 2-Verde nas Estações Paulista e Consolação.

O corredor, de tão saturado, fez o ex-presidente do Metrô Peter Walker comparar os passageiros a uma "marcha de pinguins", que se aglomeravam em filas para fazer a baldeação.

Os estudos do Metrô apontam que parte dos passageiros deve deixar de fazer conexões nesse ponto da rede para migrar para as novas conexões em fase final de construção.

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