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À espera de Boulos, Psol adia escolha de nome para 2018

Cortejado pelo PSOL, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto ainda não decidiu se vai se vai disputar as eleições

Guilherme Boulos: líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto foi convidado a participar do evento e recebeu acolhida calorosa por parte dos filiados do PSOL (Facebook/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 07h23.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2018 às 18h07.

Brasília - O PSOL decidiu adiar até o fim do primeiro trimestre do ano que vem a definição sobre quem será o candidato do partido à Presidência em 2018 para esperar uma decisão do líder sem-teto Guilherme Boulos . Cortejado pelo PSOL, Boulos ainda não decidiu se vai se vai disputar as eleições.

O adiamento foi decidido durante o 6º Congresso Nacional do PSOL realizado neste final de semana em Luziânia (GO).

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No congresso, o partido elegeu o presidente da Fundação Lauro Campos, Juliano Medeiros, de 34 anos, ex-dirigente da União Nacional dos Estudantes (UNE), para presidir a legenda.

Segundo Medeiros, havia pressão por parte de correntes do PSOL para que o nome do candidato em 2018 também fosse escolhido no 6º Congresso.

Isso inviabilizaria a possível candidatura de Boulos que pede mais tempo para decidir se vai se filiar a alguma legenda e disputar as eleições do ano que vem.

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) foi convidado a participar do evento e recebeu acolhida calorosa por parte dos filiados do PSOL.

Em seu discurso ele evitou assumir a candidatura mas pontuou posições convergentes com as do partido como a necessidade de uma reorganização da esquerda depois do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff e das investigações da Lava Jato que atingiram figuras importantes do PT.

A fala de Boulos foi interpretada por lideranças do PSOL como sinal de que o líder do MTST ainda pode aceitar o convite da legenda.

"Foi tomado pelo partido como um desejo dele de pensar o futuro junto com o PSOL", disse Juliano.

Nas últimas semanas Lula tentou desestimular Boulos de disputar a presidência pelo PSOL. O líder do MTST é interlocutor próximo do ex-presidente.

Diante das pressões para a escolha rápida de um nome, a ala majoritária do PSOL conseguiu aprovar com mais de 70% dos votos a realização de uma Conferência Eleitoral ainda no primeiro trimestre de 2018 para decidir como o partido vai participar da eleição presidencial. Além de dar mais tempo para Boulos, a manobra fixa um prazo para o líder do MTST tomar uma decisão.

Pessoas próximas a Boulos têm dito que ele só aceitaria se candidatar caso Lula seja barrado pela Justiça. O PSOL não quer esperar a definição sobre as condições eleitorais de Lula para escolher o nome que vai representar o partido na campanha de 2018.

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