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A 5 meses das Olimpíadas, 47% dos ingressos foram vendidos

o Rio-2016 foi obrigado a cortar 12% do orçamento, cerca de R$ 900 milhões

COI: Rio-2016 foi obrigado a cortar 12% do orçamento, cerca de R$ 900 milhões (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2016 às 11h24.

Lausanne - Os organizadores dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro venderam apenas 47% dos ingressos até agora e a atratividade dos eventos começa a preocupar o Comitê Olímpico Internacional (COI) .

Nesta quarta-feira, o presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, explicou aos membros internacionais do COI os detalhes sobre o orçamento do evento, o que levantou certas preocupações em termos do impacto dos cortes sobre os Jogos.

No total, o Rio-2016 informou ao COI que arrecadou US$ 194 milhões, 74% da receita que se esperava. Mario Andrada, diretor de Comunicação do Rio-2016, admitiu que a crise econômica no Brasil seria um dos motivos das vendas abaixo do esperado, principalmente para os Jogos Paralímpicos.

Os principais eventos, como a abertura dos Jogos, já estão "tecnicamente esgotados".

Segundo Andrada, cabines eletrônicas vão ser instaladas pela cidade do Rio para garantir maior venda. A questão dos ingressos, porém, tem deixado o COI alarmado. Para diversas federações esportivas, a renda dos Jogos é a principal fonte de recursos por quatro anos.

Andrada e Nuzman, porém, mantinham discursos diferentes. Ao falar com a imprensa, Nuzman garantiu que não haveria um corte no orçamento. Já Andrada admitiu "cortes impressionantes", inclusive em construções temporárias e operações das instalações. O orçamento, porém, ficou por enquanto equilibrado em R$ 7,4 bilhões.

Segundo o Estado de S. Paulo apurou, o Rio-2016 foi obrigado a cortar 12% do orçamento, cerca de R$ 900 milhões. Nesta quarta, diante do COI, os brasileiros foram obrigados a explicar os números.

Nuzman, porém, insiste que "nada" vai afetar os Jogos e os serviços prestados aos atletas. O dirigente também garante que a crise política no Brasil não está influenciando a preparação da Olimpíada.

Questionado sobre as obras do metrô, a liberação tardia de dinheiro pelo BNDES e problemas entre prefeitura, governo do estado e governo federal, Nuzman garantiu que existe "unidade total".

Vírus Zika

Nuzman também voltou a garantir aos organizadores do COI que a questão do vírus da zika não será um obstáculo ao evento. Citando a Organização Mundial da Saúde (OMS), os brasileiros insistiram que não existe recomendação para não viajar ao País.

Nesta semana, porém, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos sugeriu que mulheres grávidas não viagem aos Jogos.

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Lausanne - Os organizadores dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro venderam apenas 47% dos ingressos até agora e a atratividade dos eventos começa a preocupar o Comitê Olímpico Internacional (COI) .

Nesta quarta-feira, o presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, explicou aos membros internacionais do COI os detalhes sobre o orçamento do evento, o que levantou certas preocupações em termos do impacto dos cortes sobre os Jogos.

No total, o Rio-2016 informou ao COI que arrecadou US$ 194 milhões, 74% da receita que se esperava. Mario Andrada, diretor de Comunicação do Rio-2016, admitiu que a crise econômica no Brasil seria um dos motivos das vendas abaixo do esperado, principalmente para os Jogos Paralímpicos.

Os principais eventos, como a abertura dos Jogos, já estão "tecnicamente esgotados".

Segundo Andrada, cabines eletrônicas vão ser instaladas pela cidade do Rio para garantir maior venda. A questão dos ingressos, porém, tem deixado o COI alarmado. Para diversas federações esportivas, a renda dos Jogos é a principal fonte de recursos por quatro anos.

Andrada e Nuzman, porém, mantinham discursos diferentes. Ao falar com a imprensa, Nuzman garantiu que não haveria um corte no orçamento. Já Andrada admitiu "cortes impressionantes", inclusive em construções temporárias e operações das instalações. O orçamento, porém, ficou por enquanto equilibrado em R$ 7,4 bilhões.

Segundo o Estado de S. Paulo apurou, o Rio-2016 foi obrigado a cortar 12% do orçamento, cerca de R$ 900 milhões. Nesta quarta, diante do COI, os brasileiros foram obrigados a explicar os números.

Nuzman, porém, insiste que "nada" vai afetar os Jogos e os serviços prestados aos atletas. O dirigente também garante que a crise política no Brasil não está influenciando a preparação da Olimpíada.

Questionado sobre as obras do metrô, a liberação tardia de dinheiro pelo BNDES e problemas entre prefeitura, governo do estado e governo federal, Nuzman garantiu que existe "unidade total".

Vírus Zika

Nuzman também voltou a garantir aos organizadores do COI que a questão do vírus da zika não será um obstáculo ao evento. Citando a Organização Mundial da Saúde (OMS), os brasileiros insistiram que não existe recomendação para não viajar ao País.

Nesta semana, porém, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos sugeriu que mulheres grávidas não viagem aos Jogos.

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