Brasil

58% dos paulistanos têm taxa de gordura propícias a doenças

Entre as doenças, estão o diabetes tipo 2 e as cardiopatias


	Pessoa obesa andando: entre as mulheres paulistanas, 69% apresentaram risco de doenças pela obesidade
 (AFP)

Pessoa obesa andando: entre as mulheres paulistanas, 69% apresentaram risco de doenças pela obesidade (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2013 às 11h04.

São Paulo – Um estudo do Programa Meu Prato Saudável, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, mostrou que 58% dos paulistanos têm taxa de gordura com risco de desenvolvimento de doenças ligadas à obesidade, como o diabetes tipo 2 e as cardiopatias.

Entre as mulheres paulistanas, 69% apresentaram risco de doenças pela obesidade e 93% tiveram níveis de gordura considerados acima do ideal. Entre os homens, 37% tiveram constatado o risco de doenças e 79% tiveram taxa de gordura acima do ideal.

O estudo foi feito com 400 pessoas que passaram por testes de bioimpedância, aferição de IMC (Índice de Massa Corpórea) ou medição de circunferência abdominal.

A avaliação nutricional por bioimpedância é um teste que dura cerca de 5 minutos e determina quanto de massa gorda a pessoa tem, mostrando as quantidades exatas de água, músculo e gordura. Para determinar a faixa de peso ideal, o método mais usado foi o IMC.

O estudo mostrou ainda que 58% das pessoas que passaram pelo teste da bioimpedância têm risco de desenvolver doenças causadas pela obesidade e o IMC acusou obesidade em 35%. A nutricionista do Programa Meu Prato Saudável, Miriam Furtado, ressaltou que isso revela que apesar de o IMC estar no limite normal, algumas pessoas têm acúmulo de gordura corporal no abdômen.


“Isso significa que muitas vezes a pessoa pode estar com o peso ideal, mas uma porcentagem grande do corpo é de gordura, o que aumenta a possibilidade de desenvolver certas doenças. Outra forma de avaliar é com o uso do adipômetro, que é manual e demanda mais tempo. Com a bioimpedância, o resultado é preciso e sai em cinco minutos, mas o exame é mais caro”.

Segundo a nutricionista, a circunferência abdominal considera risco aumentado quando igual ou maior a 94 centímetros para homens e igual ou maior do que 80 centímetros para mulheres. Já o risco substancialmente aumentado é constatado quando a circunferência abdominal é igual ou maior que 102 centímetros para homens e igual ou maior que 88 centímetros para mulheres.

Miriam destacou que, como o exame é caro, a prevenção é a melhor maneira para que o indivíduo não precise passar por ele. “Se a pessoa se alimenta bem, segue as recomendações do Meu Prato Saudável e pratica atividade física, com certeza vai diminuir esses índices de gordura e vai ser saudável, vai prevenir os riscos dessas doenças”.

O Programa Meu Prato Saudável existe para mudar os hábitos alimentares da população por meio de orientação nutricional diferenciada. Os nutricionistas mostram o que e quanto colocar no prato, para manter um peso saudável.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasDoençasMetrópoles globaisObesidadesao-paulo

Mais de Brasil

STF nega liberdade condicional a ex-deputado Daniel Silveira

Três pessoas morrem soterradas em Taubaté, no interior de São Paulo

Governadores do Sudeste e Sul pedem revogação de decreto de Lula que regula uso de força policial

Pacote fiscal: Lula sanciona mudanças no BPC com dois vetos