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Copa de 2014 está 14,7% mais cara que previsto, aponta TCU

Elevação dos gastos em R$ 3,5 bi se deu pelos acréscimos de R$ 1,78 bi nas obras dos aeroportos e de R$ 1,13 bi nas construções dos estádios

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 11h08.

O custo das obras da Copa do Mundo de 2014 aumentou 14,7 por cento em relação à estimativa inicial, totalizando 27,3 bilhões de reais a serem gastos em estádios e infraestrutura para o evento, apontou relatório de acompanhamento dos preparativos feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

A elevação dos gastos em 3,5 bilhões de reais se deu, principalmente, pelos acréscimos de 1,78 bilhão de reais nas obras dos aeroportos e de 1,13 bilhão de reais nas construções dos estádios, de acordo com o balanço divulgado na quinta-feira.

Além do aumento de custos, o levantamento do TCU afirma que há atrasos significativos nas obras de aeroportos das cidades-sede do Mundial, algo que sempre foi motivo de preocupação da Fifa para a realização do Mundial no Brasil.

"As obras aeroportuárias seguem em ritmo lento. Dos quatro aeroportos privatizados, apenas Natal e Brasília já iniciaram os investimentos previstos para o Mundial. O atraso também é sentido nos aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero)", informou o TCU em nota.

Segundo o ministro Valmir Campelo, relator dos processos de fiscalização da Copa no TCU, "ainda não se materializou, irrefutavelmente, a impossibilidade do término das obras anteriormente à Copa do Mundo. A atenção quanto ao acompanhamento dos cronogramas, todavia, aumentou".

Na quinta-feira, a Fifa anunciou que a Copa das Confederações de 2013, principal evento-teste para o Mundial, será disputada em seis sedes, incluindo Recife, que esteve em dúvida para o torneio devido a atrasos nas obras, mas a federação internacional voltou a demonstrar preocupação com o ritmo dos preparativos do Brasil.

A preparação do país para o Mundial é alvo constante de críticas da Fifa. O secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, chegou a afirmar, em março, que o Brasil precisava de um "chute no traseiro" para acelerar o ritmo, o que provocou uma breve crise entre o governo e a federação.

Entre as seis cidades da Copa das Confederações, apenas Belo Horizonte e Fortaleza vão cumprir o cronograma inicial e concluir as obras de seus estádios em dezembro deste ano. Para Rio, Salvador, Recife e Brasília a entidade prorrogou o prazo para fevereiro de 2013.

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