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10% de lares com insegurança alimentar tinham computador

A situação surpreendente se repete quando são examinados os porcentuais referentes a lares nessa situação que tinham outros eletrodomésticos

Teclado: a situação se repete em relação à posse de outros bens de consumo (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2014 às 11h44.

Rio - Dez por cento dos domicílios com insegurança alimentar grave - situação que pode chegar à fome - tinham microcomputador com acesso à internet em 2013, afirma o Suplemento de Segurança Alimentar da PNAD 2013. A situação surpreendente se repete quando são examinados os porcentuais referentes a lares nessa situação que tinham outros eletrodomésticos.

Em 13,8%, havia micros sem web; em 88,4%, televisão; em 21,8%, máquina de lavar roupa; em 85,8% geladeira; e em 93,5%, fogão. Esses porcentuais cresceram na comparação com 2009, quando foram 3,3%, 6%, 86%, 11,9%, 75,5% e 93,6%. Nas demais situações (segurança alimentar e insegurança leve e moderada) também houve aumentos.

A situação se repete em relação à posse de outros bens de consumo. Entre os lares com insegurança grave, a proporção daqueles que tinham motocicleta, de 2009 a 2013, foi de 7,1% para 12,95%.

Os domicílios nessa situação com automóvel foram de 5,8% para 8,9%. As residências desse tipo apenas com celular cresceram de 47,3% para 64%.

E os domicílios nessa situação com telefone fixo passaram de 61,8% para 75,9%. Também nesses itens houve aumento generalizado nos respectivos porcentuais, entre os dois anos examinados.

O acesso facilitado ao consumo contrasta com as condições sociais encontradas pela pesquisa. Elas pioraram assim como se agravaram as condições de alimentação, da situação de segurança alimentar para a insegurança grave, passando pela leve e moderada.

"Em relação aos serviços (...), quanto mais intensa a situação de insegurança, menor era a proporção de domicílios", diz o estudo do IBGE.

"Os domicílios em IA leve apresentaram proporcionalmente menos domicílios atendidos pela rede coletora de esgotamento sanitário (44,2%) do que aqueles em segurança alimentar (63,2%). Para aqueles em IA grave a proporção de domicílios atendidos por este serviço era ainda menor (34,4%). Entre os domicílios que não tinham qualquer preocupação com restrição a quantidade de alimentos, 92,0% tinham lixo coletado diretamente; 87% contavam com a rede geral de abastecimento de água e em 98,8% existia banheiro, para aqueles em IA grave os porcentuais foram 75,2%; 73,6% e 87,5%, respectivamente."

O exame por rendimento domiciliar per capita mostra que em 2013 a houve "ligeira concentração" de domicílios nas classes mais elevadas. Segundo a pesquisa, 53,3% dos lares em SA tinham renda per capita de mais de um salário mínimo.

Só a faixa de mais de dois mínimos tinha quase um quarto dos lares, 23,9%. No outro extremo, 78,9% dos domicílios em IA moderada ou grave pertenciam à classe de até um salário mínimo per capita e apenas 2,2% ganhavam mais de dois salários mínimos no ano passado.

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Rio - Dez por cento dos domicílios com insegurança alimentar grave - situação que pode chegar à fome - tinham microcomputador com acesso à internet em 2013, afirma o Suplemento de Segurança Alimentar da PNAD 2013. A situação surpreendente se repete quando são examinados os porcentuais referentes a lares nessa situação que tinham outros eletrodomésticos.

Em 13,8%, havia micros sem web; em 88,4%, televisão; em 21,8%, máquina de lavar roupa; em 85,8% geladeira; e em 93,5%, fogão. Esses porcentuais cresceram na comparação com 2009, quando foram 3,3%, 6%, 86%, 11,9%, 75,5% e 93,6%. Nas demais situações (segurança alimentar e insegurança leve e moderada) também houve aumentos.

A situação se repete em relação à posse de outros bens de consumo. Entre os lares com insegurança grave, a proporção daqueles que tinham motocicleta, de 2009 a 2013, foi de 7,1% para 12,95%.

Os domicílios nessa situação com automóvel foram de 5,8% para 8,9%. As residências desse tipo apenas com celular cresceram de 47,3% para 64%.

E os domicílios nessa situação com telefone fixo passaram de 61,8% para 75,9%. Também nesses itens houve aumento generalizado nos respectivos porcentuais, entre os dois anos examinados.

O acesso facilitado ao consumo contrasta com as condições sociais encontradas pela pesquisa. Elas pioraram assim como se agravaram as condições de alimentação, da situação de segurança alimentar para a insegurança grave, passando pela leve e moderada.

"Em relação aos serviços (...), quanto mais intensa a situação de insegurança, menor era a proporção de domicílios", diz o estudo do IBGE.

"Os domicílios em IA leve apresentaram proporcionalmente menos domicílios atendidos pela rede coletora de esgotamento sanitário (44,2%) do que aqueles em segurança alimentar (63,2%). Para aqueles em IA grave a proporção de domicílios atendidos por este serviço era ainda menor (34,4%). Entre os domicílios que não tinham qualquer preocupação com restrição a quantidade de alimentos, 92,0% tinham lixo coletado diretamente; 87% contavam com a rede geral de abastecimento de água e em 98,8% existia banheiro, para aqueles em IA grave os porcentuais foram 75,2%; 73,6% e 87,5%, respectivamente."

O exame por rendimento domiciliar per capita mostra que em 2013 a houve "ligeira concentração" de domicílios nas classes mais elevadas. Segundo a pesquisa, 53,3% dos lares em SA tinham renda per capita de mais de um salário mínimo.

Só a faixa de mais de dois mínimos tinha quase um quarto dos lares, 23,9%. No outro extremo, 78,9% dos domicílios em IA moderada ou grave pertenciam à classe de até um salário mínimo per capita e apenas 2,2% ganhavam mais de dois salários mínimos no ano passado.

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