10 apelidos bizarros de investigados na Operação Lava Jato
Veja os codinomes dos investigações pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato.
Valéria Bretas
Publicado em 27 de fevereiro de 2016 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h19.
São Paulo – Desde que o esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras foi deflagrado pela Polícia Federal (PF) em março de 2014, uma série de codinomes envolvendo os investigados foram descobertos pelos agentes da polícia. Acontece que nos relatórios e nas planilhas de contabilidade das propinas, o nome dos executivos da estatal, das empreiteiras, dos operadores e dos doleiros precisavam ser maquiados. Na prática, para evitar que fossem descobertos, os integrantes das organizações criminosas referiam-se uns aos outros com apelidos bizarros. É o caso da doleira Nelma Kodama, que se identificava como Angelina Jolie nas trocas de mensagens com o doleiro Alberto Youssef. Assim como Nelma, em quase todas as fases da Operação Lava Jato foram deflagrados novos codinomes. Navegando pelas imagens você vê outros exemplos.
A doleira foi flagrada pela Polícia federal (PF) ao tentar embarcar para a Itália com cerca de 200 mil euros escondidos dentro de sua calcinha. Ela foi presa em março de 2014 por organização criminosa, crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Na época, os doleiros Alberto Youssef, Raul Srour e Carlos Habib Chater também foram presos. O apelido, Angelina Jolie, era usado nas trocas de mensagens com Youssef. Ela também se identificava como Greta Garbo e Cameron Diaz.
Célio Azevedo/Agência Senado/VEJA
A doleira, Nelma Kodama
O marqueteiro João Santana, preso na 23ª fase da Operação Lava Jato, é suspeito de ter uma conta secreta na Suíça com mais de 7,5 milhões de dólares provenientes de lavagem de dinheiro na Petrobras. Em depoimento, ele admitiu que alguns depósitos foram feitos pelo grupo Odebrecht como pagamento de caixa 2 de campanhas na Venezuela e Angola. Para a PF, “Feira” era o apelido que Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira que leva seu sobrenome, usava para se referir a João Santana.
REUTERS/Rodolfo Buhrer
O marqueteiro João Santana
O ex-ministro da Casa Civil e um dos principais nomes do governo Lula foi investigado na Lava Jato por receber propina de um dos operadores do esquema. O apelido “Bob” foi atribuído à Dirceu, pois era o termo que aparecia na contabilidade da propina.
Investigado por quebra de decoro, o ex-deputado federal recebeu o codinome pela ex-contadora do doleiro Alberto Youssef por sua idade e aparência. Argôlo foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Laja Jato. Ele teria recebido uma parte do dinheiro ilícito pago pelas empreiteiras da Petrobras.
Luiz Argôlo responde a dois processos por quebra de decoro parlamentar
O ex-tesoureiro do PT foi acusado por corrupção e lavagem de dinheiro. Na planilha de pagamentos de propinas feita pelo ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, ele era citado como Moch. O motivo? Vaccari Neto sempre usava uma mochila.
O ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto
O ex-diretor da área internacional da Petrobras recebeu o apelido de “lindinho” pelo ex-gerente da estatal, Eduardo Musa, que é um dos delatores da Operação Lava Jato. Cerveró foi condenado pelo crime de lavagem de dinheiro e corrupção passiva por ter recebido pagamentos indevidos na Petrobras.
O ex-diretor de serviços da Petrobras era chamado de “My Way” pelo ex-gerente executivo da estatal, Pedro Barusco. Duque, acusado de participar dos desvios de dinheiro na Petrobras, recebeu o apelido em referência a um dos maiores hit’s de Frank Sinatra.
Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras
O empresário e delator no esquema de corrupção da Petrobras foi denunciado por ter participado no esquema de propinas em contratos de aluguel de navios-plataforma da holandesa, SBM Offshore. O apelido foi dado pelo ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco. Seu sócio, Luís Eduardo Barbosa (também envolvido na Lava Jato) foi apelidado de Robin – já que andavam sempre colados.
O empresário, Julio Faerman
Alvo da operação Politeia (desdobramento da Lava Jato), o ex-assessor do PP foi condenado no processo do Mensalão e, no âmbito da Lava Jato, é suspeito de ter repassado dinheiro orindundo do esquema de corrupção aos políticos do partido. Conhecido como “João Mercedão”, ele recebeu o apelido por seu gosto pelos carros da Mercedes-Benz.
O ex-assessor do PP, João Cláudio Genu
Lopez é réu da Operação Lava Jato por ser o doleiro “braço direito” de Alberto Youssef. Ele era o responsável por repassar o dinheiro ilegal aos clientes participantes do esquema de corrupção na Petrobras. Em delação premiada, ele confessou ter feito entregas de dinheiro a pedido de Youssef. Seu codinome foi dado por ter mais de 60 anos.
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