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SLC Agrícola espera alta produtividade e rentabilidade superior da soja na safra 2024/25

Safra brasileira de soja pode bater recorde em 2024/25 mesmo com La Niña, acredita Aurélio Pavinato, CEO da SLC

Aurélio Pavinato, CEO da SLC Agrícola: produção brasileira pode chegar a 600 milhões de toneladas em 20 anos (Leandro Fonseca/Exame)
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 28 de agosto de 2024 às 17h15.

Última atualização em 28 de agosto de 2024 às 17h22.

A chegada de um La Niña mais fraconão deve afetar a produtividade da soja brasileira na safra 2024/25, estima Aurélio Pavinato, CEO da SLC Agrícola, empresa produtora de commodities como soja, algodão e milho.

Segundo Pavinato, a temporada deve ser caracterizada por alta produtividade e redução nos custos, alinhando-se às projeções de várias consultorias agrícolas.

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"Tendo alta produtividade, conseguimos ter uma margem mais próxima do normal também. Teremos uma rentabilidade não no patamar atual, mas superior ao patamar atual, porque na safra anterior tivemos quebra de safra", disse Pavinato à EXAME durante a 25ª Conferência Anual Santander.

OBrasil deve colher 169 milhões de toneladas de soja na temporada 2024/25, segundo as projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Mantidas as condições normais, o país deve bater um novo recorde na produção.

Na temporada 2023/24, que começou em 1º de julho de 2023 e foi até 30 de junho de 2024, a expectativa do mercado era de que o Brasil batesse recorde com uma produção de soja que ultrapassasse com folga os 150 milhões de toneladas — a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão oficial do país para levantamento da safra, estima que o país tenha colhido 147,38 milhões de toneladas.

As projeções caíram por terra quando a realidade climática se impôs: em várias regiões do Brasil, as chuvas irregulares causaram atrasos na semeadura e nos replantios.

Principais commodities agrícolas que o Brasil exporta

O que é o La Niña

No último levantamento da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), reportado no início deste mês, há 66% de risco de o La Niña ocorrer a partir de setembro— a previsão é de que ele atue até fevereiro.

OLa Niña é um evento climático no qual a temperatura do Oceano Pacífico na região tropical fica abaixo da média, e esse resfriamento provoca uma série de efeitos climáticos, que incluem chuvas mais intensas na Ásia e condições mais secas em algumas áreas da América do Sul.

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