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(Wenderson Araújo/Sistema CNA Senar/Divulgação)
Repórter freelancer de Agro
Publicado em 29 de julho de 2023 às 08h09.
Última atualização em 27 de setembro de 2023 às 11h43.
Embora sejam os mais conhecidos, os feijões preto e carioca não são os únicos presentes na culinária brasileira. O alimento está na categoria de pulses, nome dado às sementes secas de leguminosas utilizadas na alimentação, como também são grão-de-bico, lentilha e ervilha.
Feijão faz parte da grande variedade de plantas Fabaceae, cuja característica é a presença de frutos em forma de vagem, bem como a soja.
Com base nas informações de safras de abril, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023 é estimado em R$ 1,216 trilhão. O número é 4,7% superior em relação ao valor de 2022, que foi de R$ 1,161 trilhão, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O phaseolus vulgaris ou feijoeiro-comum é um dos alimentos mais antigos do mundo. Plantas similares às lentilhas, os feijões já eram cultivados há mais de sete mil anos na antiga Grécia e Egito.
O alimento também é emblema dos guerreiros durante a Guerra de Troia, quando a leguminosa se espalhou pelo mundo devido às guerras, sendo o alimento principal das tropas pela alta carga de vitaminas.
Várias hipóteses são levantadas quando se trata da origem e domesticação do feijoeiro. Acredita-se que o grão tenha tido três centros de domesticação, o primeiro localizado na região do México, o segundo teria sido onde hoje é o Peru e, por último, no norte da Colômbia.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) afirma que ao redor do mundo existem mais de 150 variedades, com diferentes cores, texturas e sabores, mas apenas 40% desse total são comestíveis. Os principais centros de produção estão na Ásia, América do Sul e América do Norte.
Aqui no Brasil, dentre a ampla variedade de tipos de feijão, o mais popular em vendas é o carioca, representando cerca de 85% da comercialização do pulse no País, segundo o Instituto Agronômico (IAC).
Ainda segundo a FAO, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de feijão, sendo um dos países com maior variedade do grão.
Dados da secretaria de Agricultura do Paraná apontam que os sete principais países produtores de feijões secos correspondem, em média, a 64% da produção mundial. São eles:
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Agrícola Municipal, atribui ao Paraná o título de principal estado produtor, seguido por Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Bahia.
Só em 2023, a estimativa da produção nacional de feijão, considerando as três safras, é de 3,1 milhões de toneladas, diz o levantamento do Governo Federal.
Entre as variedades e tipos de feijoeiros, os mais comuns são:
A variedade apresenta coloração bege e listras marrons, não tendo nenhuma relação com o estado do Rio de Janeiro. O nome, na verdade, é por causa da semelhança com uma raça de porco rajada. Em Portugal, o grão é conhecido como feijão catarino.
Ingrediente base na feijoada brasileira, sendo um dos mais tradicionais. Grão comumente encontrado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, ele possui caldo marrom escuro
Entre suas características estão a cor e o formato maior do que o grão convencional. Geralmente acompanha pratos com fava, linguiça ou é utilizado na salada.
Da mesma família do feijão de corda, ele é usado principalmente na culinária nordestina no preparo de acarajés. A variedade não produz grande quantidade de caldo.
Consumido principalmente no Sul, o feijão cavalo possui grãos que se assemelham a favas de coloração marrom avermelhada.
Com sabor mais adocicado e suave que o feijão carioca, a variedade possui alto teor de minerais e vitamina B1. Outra característica da variedade é o fácil cozimento.
Popular em Minas Gerais e no Nordeste, o feijão jalo possui forma mais alongada que os outros e coloração amarelada. Quando cozido, o grão é associado ao gosto da castanha por ter um sabor mais suave.
Pouco calórico e tradicional na cozinha mexicana, o aroma suave conquista o paladar dos brasileiros. Os grãos com tonalidade rosácea, são usados no preparo de saladas.
O feijão bolinha também é conhecido como feijão canário ou feijão manteiga. Por ser suscetível a pragas, geralmente o plantio é feito por encomenda.
Consumido em Minas Gerais e São Paulo, o feijão roxinho possui grãos pequenos e macios. É utilizado na receita de feijão tropeiro.
O feijão mulatinho se parece com o feijão carioca, porém sem as listras. Assim como a variedade rosinha, seu consumo foi reduzido no Brasil.
Em formato de rim, ele pode ser encontrado em vários tamanhos, com grãos maiores e menores. É usado em sopas e combinações com carne, por possuir bastante caldo.
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