Carne bovina: UE é o 6º destino das exportações brasileiras da proteína, segundo a Abiec (AAron Ontiveroz/MediaNews Group/The Denver Post/Getty Images)
Repórter de agro e macroeconomia
Publicado em 22 de dezembro de 2025 às 09h10.
O Brasil deve se tornar o maior produtor mundial de carne bovina em 2025. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o país deverá produzir 12,3 milhões de toneladas neste ano, superando os EUA, cuja produção é estimada em 11,8 milhões de toneladas, considerando o peso do animal abatido.
Essa será a primeira vez que o Brasil ocupa a liderança nas estatísticas do USDA, que datam da década de 1960 e sempre tiveram os EUA no topo. Em 2024, o Brasil produziu 11,85 milhões de toneladas de carne bovina, segundo o USDA.
Além disso, o país deve bater recorde no número de abates de bovinos, com 41 milhões de cabeças.
Os embarques de carne bovina devem renovar o recorde de 4 milhões de toneladas em equivalente carcaça (TEC) alcançado em 2024 e crescer 12%, segundo projeções da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
De janeiro a novembro, o Brasil exportou 3,15 milhões de toneladas de carne bovina, crescimento de 18,3% em relação ao mesmo intervalo de 2024. A receita alcançou US$ 16,18 bilhões, alta de 37,5% na comparação anual, diz a Abiec.
Nos primeiros 11 meses deste ano, a China lidera o acumulado, com 1,52 milhão de toneladas e US$ 8,08 bilhões, representando 48,3% do volume e 49,9% do total faturado.
Os Estados Unidos ocupam a segunda posição, com 244,5 mil toneladas e US$ 1,46 bilhão, seguidos pela União Europeia, Chile, México, Rússia, Egito, Hong Kong, Filipinas e Arábia Saudita.
Segundo a Abiec, diversos mercados ampliaram suas compras em relação a 2024, com destaque para Indonésia (+579%), Palestina (+66%), Canadá (+96%), Filipinas (+35%), Egito (+56%), México (+105%), China (+43%), Rússia (+306%), Chile (+38%) e União Europeia (+52%).