Índice de preços ao produtor de agro cai na prévia de junho
Deflação foi puxada por alimentos processados e matérias para manufatura; preço de fertilizantes e farelo de soja também diminuiu
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de junho de 2022 às 12h33.
Última atualização em 20 de junho de 2022 às 12h33.
Os preços ao produtor agropecuário aumentaram o ritmo de queda e registraram deflação de 0,67% na segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de junho, após recuarem 0,05% na mesma leitura de maio, informou nesta segunda-feira, 20, a Fundação Getulio Vargas (FGV). No período, os preços industriais no atacado aceleraram de 0,55% para 0,56%.
Com os resultados, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) arrefeceu de 0,38% na segunda prévia de maio para 0,21% no decêndio de junho, segundo a FGV. O IGP-M total acelerou de 0 39% para 0,55% no período.
Nas aberturas por estágios de processamento, todas as categorias do IPA-M desaceleraram. A inflação de bens finais arrefeceu de 0,65% na prévia de maio para 0,27% na leitura de junho, puxada pelo subgrupo de alimentos processados (0,84% para -0,66%). Os bens intermediários também moderaram o ritmo de alta, de 0,87% para 0,79%, puxados pelas matérias e componentes para a manufatura (1,05% para -0,30%).
Após registrar deflação de 0,37% no segundo decêndio de maio, o grupo de matérias-primas brutas recuou 0,45% nesta leitura, puxado pela soja em grão (1,63% para -1,37%), suínos (12,96% para -10,60%) e cana de açúcar (2,0% para 0,44%). Em contrapartida, ajudaram a conter a queda do grupo o minério de ferro (-2,39% para 0,46%), milho em grão (-3,97% para -1,17%) e trigo em grão (1,70% para 9,79%).
Influências
As principais pressões para baixo sobre o IPA-M na segunda prévia de junho partiram de bovinos (-2,78% para -3,44%), adubos ou fertilizantes (5,73% para -4,16%), farelo de soja (-7,50% para -4,88%) e mandioca (-7,87% para -7,20%), além da soja em grão.
Na outra ponta, puxaram o índice para cima o óleo diesel (0,45% para 5,51%), leite in natura (6,56% para 5,94%), automóveis para passageiros (0,02% para 3,26%) e laminados planos e tubulares de material plástico (3,25% para 5,59%), além do minério de ferro.
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