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Exportações de suco de laranja registram queda no primeiro trimestre da safra 2024/25

Apesar do recuo nos embarques, receita com exportações de suco de laranja sobe 43,23%

 (Imagem gerada por IA/Freepik)

(Imagem gerada por IA/Freepik)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 22 de outubro de 2024 às 10h12.

Última atualização em 22 de outubro de 2024 às 10h21.

As exportações brasileiras de suco de laranja concentrado e congelado seguem em baixa. No primeiro trimestre da safra 2024/25 (de julho a setembro), os embarques somaram 198,12 mil toneladas, um recuo de 26,73% em relação ao mesmo período da temporada 2023/24.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 22, pela CitrusBR, associação que representa as principais indústrias de suco de laranja do país, com números compilados da Secretaria de Comércio Exterior.

Segundo a CitrusBR, os resultados refletem os problemas climáticos enfrentados ao longo de cinco safras consecutivas de produção abaixo da média.

“Vivemos um período de restrição de oferta de suco de laranja que tem causado a valorização do produto e gerado preocupação no mercado quanto ao impacto desse cenário no consumo da bebida”, afirmou o diretor-executivo da entidade, Ibiapaba Netto.

Por outro lado, com os preços em alta, a receita com as exportações aumentou 43,23% no período, somando US$ 850,4 milhões no acumulado de julho a setembro de 2024.

Exportações recuam nos principais mercados

A Europa continua a ser o principal mercado para o suco de laranja brasileiro, com 115.398 toneladas embarcadas, uma queda de 30,5% em relação às 166.030 toneladas do período anterior. Apesar disso, o faturamento total foi de US$ 512,2 milhões, um aumento de 42,51% em relação aos registrados no primeiro trimestre da safra anterior.

Na China, os embarques entre julho e setembro tiveram uma queda de 26,26%, com 6.092 toneladas enviadas. Contudo, o faturamento alcançou US$ 28,5 milhões, um aumento de 76% em relação ao ciclo 2023/24.

As exportações para os EUA recuaram 19,53% no período, totalizando 67.323 toneladas em comparação com o mesmo período da temporada anterior. Entretanto, o faturamento saltou de US$ 189,9 milhões para US$ 264,5 milhões, uma alta de 39,28%.

No caso do Japão, houve uma leve queda de 1,11%, com os embarques passando de 5.147 toneladas na safra anterior para 5.090 toneladas nos três primeiros meses da safra 2024/2025. Em termos de receita, os embarques somaram US$ 25,1 milhões, um crescimento expressivo de 120,18% em comparação aos US$ 11,4 milhões da safra anterior.

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