Com risco de derrota, governo faz acordo e adia votação de vetos a trechos de PL dos Agrotóxicos
Governo aceitou adiar lei do esporte após oposição afirmar que não havia consenso
Agência de notícias
Publicado em 28 de maio de 2024 às 17h05.
Última atualização em 28 de maio de 2024 às 17h18.
Para evitar novas derrotas no Congresso, o governo decidiu adiar vetos como sobre a Lei dos Agrotóxicos e o da Lei Geral dos Esportes que estavam na pauta da sessão desta terça-feira. A medida sobre a gratuidade do despacho de bagagens em voos comerciais também foi adiada.
Entre os trechos barrados por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Lei Geral do Esporte estão o que eliminou a criação da Autoridade Nacional para Prevenção e Combate à Violência e à Discriminação no Esporte (Anesporte).
Na época, o Ministério do Esporte era comandado ainda por Ana Moser, e alegou que o veto foi decidido pela Casa Civil, por uma questão jurídica de que “normas de iniciativa de parlamentar [ do Senado ou da Câmara ] não podem criar órgãos na estrutura do Poder Executivo”.
Já em relação à Lei dos Agrotóxicos, o governo sofre forte pressão da bancada ruralista, uma das principais forças do parlamento, pela sua derrubada. A lei altera o processo de autorização para agrotóxicos no país.
Na última sessão do Congresso, os parlamentares derrubaram o trecho que centralizava no Ministério da Agricultura a coordenação de reanálises de riscos e alterações nos produtos já registrados, o que excluía a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ( Ibama ). Mas há ainda outros pontos a serem apreciados, como os que tratam sobre as embalagens dos produtos.
Outros vetos que preocupam o governo ainda na pauta:
- Saidinha de presos: proíbe as saídas temporárias de presos em datas comemorativas
- Lei de Segurança Nacional: impede a tipificação do crime de comunicação enganosa em massa (disseminação de fake news)
- Calendário de emendas: trecho da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) sobre a obrigação do governo em pagar emendas parlamentares no primeiro semestre do ano