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Com preocupações sobre safra brasileira, café atinge o maior valor em 13 anos

Já a cotação do açúcar é a maior em sete meses também devido à seca e aos incêndios

Brasil é o maior produtor mundial de café (Apuí Agroflorestal/Divulgação)

Brasil é o maior produtor mundial de café (Apuí Agroflorestal/Divulgação)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 25 de setembro de 2024 às 07h27.

Última atualização em 25 de setembro de 2024 às 09h32.

Os contratos futuros do café arábica subiram para o maior valor em 13 anos nesta terça-feira, 24, com a persistência das preocupações com a safra do Brasil, principal produtor mundial, agravadas pelos temores de que as chuvas no país não sejam suficientes nas próximas semanas.

De acordo com a Reuters, o contrato para dezembro do café arábica fechou em alta de 4,15 centavos de dólar, ou 1,6%, a US$ 2,678 por libra-peso, tendo atingido o valor mais alto desde setembro de 2011, a US$ 2,704.

Os negociantes disseram que as chuvas do último fim de semana em algumas regiões de cultivo no Brasil podem ser suficientes para estimular a primeira parte da safra, mas será preciso mais para a ajudar a fixar as flores do café.

Esses ganhos na cotação, porém, foram limitados por informações de que o Regulamento de Desmatamento da UE, que proíbe a importação de commodities ligadas ao desmatamento, poderia ser adiado.

Essa norma da União Europeia deveria entrar em vigor no final de dezembro e tem impulsionado as importações do café para o bloco.

Açúcar

Não foi só o café que tem se valorizado. O açúcar bruto fechou em alta de 0,57 centavo, ou 2,5%, a 23,12 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido uma máxima de sete meses de 23,30 centavos.

Os negociadores disseram à Reuters que o mercado continua a ser apoiado pelo rebaixamentos nas projeções da produção de açúcar no Brasil, o maior produtor do mundo, tanto neste ano quanto no próximo, devido à seca e aos incêndios.

Uma pesquisa da S&P Global Commodity Insights espera que a produção de açúcar no centro-sul do Brasil tenha caído 1,3% na primeira quinzena de setembro em relação ao ano passado. A Unica deve divulgar seus dados nos próximos dias.

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