Colheita da soja e plantio de algodão avançam acima da média dos últimos 5 anos no MT
De acordo com o Imea, commodities estão aceleradas no campo na esteira das condições climáticas
Repórter de Agro
Publicado em 26 de janeiro de 2024 às 18h39.
Última atualização em 26 de janeiro de 2024 às 19h13.
A colheita da soja e a semeadura do algodão estão acontecendo mais rápido do que a média dos últimos cinco anos, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta sexta-feira, 26.
Segundo o órgão do Mato Grosso, 21,51% da área de soja no estado já está colhida, ante os 13,61% da safra 2022/2023. Nos cinco anos passados, o percentual foi de 18,03%. Isso acontece porque algumas áreas plantadas em outubro, maiores vítimas da estiagem no Centro-Oeste, já estão na fase de colheita.
Caso o produtor perca o período certo de colher, isso pode prejudicar a soja que já evoluiu, inclusive por causa das chuvas. O índice pluviométrico em regiões mato-grossenses voltou a melhorar entre o fim de dezembro e em janeiro. No entanto, agora a chuva já não é tão bem-vinda para quem está em ponto de colheita — e é por isso que as máquinas aceleram os trabalhos no campo. Quem deixou para plantar depois ou precisar replantar, enfrenta outro cenário.
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Algodão avançado
Na esteira desta velocidade da soja, o Imea mostra que o algodão também está com a semeadura mais avançada que a média dos últimos cinco anos. Para o dia 26 de janeiro nas safras de 2018/2019 a 2022/2023, a área dedicada ao algodão no estado esteve com 60,87% do plantio feito. Já em 2023/2024, 77,05% da semeadura está pronta.
"No campo, as atividades estão concentradas no plantio da nova safra. No estado de Mato Grosso, o plantio está adiantado, em comparação à safra passada. Cabe salientar que, no ano passado, o plantio foi atrasado devido ao excesso de chuvas", afirma a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) em nota.
Ainda segundo a entidade da cotonicultura, a estimativa de crescimento da área plantada de algodão no país é de 11,6%. O Brasil deverá plantar 1,87 milhão de hectares, com produção, preliminarmente aguardada, de 3,37 milhões de toneladas, 3,1% mais em relação à safra recém-colhida. Ao olhar o plantio nacional, de acordo com a Abrapa, o plantio está concluído em 47% da área.
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A estimativa de extensão do plantio é maior do que a projetada pela Conab, de 1,766 milhão de hectares, alta de 6,2% em relação à safra 2022/2023. A produção de pluma é projetada em 3,09 milhões de toneladas, queda de 2,3% ante a produção da safra 2022/2023.