EXAME Agro

Canadá reabre mercado para frango do Brasil após gripe aviária

Último país com restrições, país norte-americano retoma importações após controle rápido de surto isolado no sul do Brasil

Publicado em 26 de dezembro de 2025 às 20h35.

O Canadá oficializou nesta semana a reabertura do mercado para a carne de frango brasileira, encerrando o ciclo de restrições impostas após um caso isolado de gripe aviária em uma granja comercial no sul do país. A decisão foi comunicada ao Ministério da Agricultura e Pecuária e representa uma vitória diplomática e sanitária para o setor agropecuário brasileiro.

O embargo canadense foi o último em vigor entre os principais parceiros comerciais do Brasil. Com o fim da restrição, o país volta a ter acesso integral aos principais mercados importadores da proteína, consolidando sua posição como líder global nas exportações de carne de frango.

Relembre o bloqueio

O caso que provocou o bloqueio foi detectado em 16 de maio deste ano, na cidade de Montenegro (RS). Rapidamente isolado e controlado, o foco de influenza aviária levou à adoção imediata de medidas sanitárias e à notificação de organismos internacionais. Já em 18 de junho, o Brasil foi considerado livre da doença.

"Terminamos o ano com a boa notícia de retomar o último mercado que havia sido fechado com o caso de influenza aviária", comemorou Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), entidade que representa a cadeia produtiva da avicultura e suinocultura no país.

Segundo a ABPA, a reabertura do mercado canadense é um reflexo da gestão técnica e diplomática eficiente adotada pelo Brasil. Desde o início do episódio, o governo federal atuou com transparência, agilidade e rigor sanitário — pontos destacados por parceiros internacionais durante o processo de normalização das exportações.

Nos últimos meses, grandes mercados internacionais já haviam retomado suas importações de frango brasileiro. A União Europeia e a China — que chegou a ser o penúltimo país a suspender o embargo — lideraram o movimento de reabertura. A liberação pelo Canadá conclui o que a ABPA define como um “processo exemplar de resposta sanitária”.

Além da retomada plena das exportações, a entidade projeta que o setor fechará o ano com crescimento em relação a 2024, tanto em volume embarcado quanto em faturamento.

"O Brasil demonstrou a solidez do seu sistema de defesa agropecuária e a maturidade das suas relações internacionais", completou Santin.

Com o episódio encerrado, o Brasil reforça sua imagem como parceiro confiável no comércio de alimentos, com capacidade técnica para enfrentar desafios sanitários sem comprometer a segurança dos produtos exportados.

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