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Apex promove evento internacional de agro em Dubai; veja vídeo

Agritalks reúne fundos de investimento, pesquisadores e órgãos de governo nos Emirados Árabes; Embrapa anuncia abertura de escritório no país

Karen Fernandes Jones, chefe operacional da Apex Brasil em Dubai Foto: Leandro Fonseca data: 21/02/2022 (Leandro Fonseca/Exame)
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Carla Aranha

Publicado em 27 de fevereiro de 2022 às 09h30.

Última atualização em 9 de março de 2022 às 09h59.

Durante toda a manhã do último dia 23, uma plateia formada por especialistas em agronegócio, representantes do setor público, pesquisadores e startups debateram o futuro da agricultura no hotel Ritz Carlton, em Dubai, em um evento promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos ( ApexBrasil ). Sustentabilidade, inovação e financiamento de novas soluções para o agro estiveram entre os principais temas abordados.

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Responsável pela abertura do evento, Karen Jones (foto), chefe de operações do escritório da Apex para o Oriente Médio e norte da África, destacou a importância das relações comerciais entre os países árabes e o Brasil. A região representa hoje o terceiro maior destino das exportações brasileiras. Em 2021, a balança comercial com os países árabes bateu o recorde dos últimos oito anos, alcançando 24,25 bilhões de reais.

As exportações somaram 14,42 bilhões de reais, 26,15% a mais do que em 2020, segundo a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. A entidade foi uma das organizadoras do Agritalks, ao lado do Ministério da Agricultura, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

“A retomada econômica dos países da região e os investimentos em novos negócios têm trazido grandes oportunidades ao Brasil”, disse Jones. “Somos uma das maiore potências mundiais no agro, com um posicionamento reconhecido em produtividade e sustentabilidade, e os países árabes, assim como outras regiões do mundo, têm reconhecido isso”.

A Embrapa também teve uma participação especial no evento, com a apresentação de cases e um anúncio importante. Este ano, deverá ser aberto um escritório da instituição nos Emirados Árabes. A intenção é estreitar a parceria científica entre os dois países.A Embrapa possui um relacionamento de uma década com uma das mais importantes instituições mundiais de pesquisa relativas ao tratamento da água do mar, o International Center for Biosaline Agriculture, dos Emirados, e outros centros de pesquisa da região. “Nosso objetivo é reforçar esses laços e estabelecer novas trocas científicas internacionais”, disse Celso Moretti, presidente da Embrapa.

Alguns dias antes, Moretti participou da abertura do escritório da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), em Dubai. A iniciativa tem como objetivo oferecer um suporte maior a empreendedores e exportadores do agronegócio brasileiro em um momento de franca expansão das relações com os países da região.

A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira também está atenta a esse movimento. “Talvez o agro seja a maior vitrine da importância da região para o Brasil, mas diversas outras áreas oferecem grande potencial para empresas brasileiras, como a construção civil, cosméticos e óleo e gás”, afirmou Rafael Solimeo, head do escritório internacional da Câmara Árabe para o Oriente Médio e norte da África, presente ao evento. “Há interesse inclusive de fundos de investimento da região em relação a oportunidades no Brasil”, destacou.

Dois importantes fundos da região, o Shorooq Partners e o Abu Dhabi Investment Office, participaram de um dos painéis mais esperados do evento, sobre financiamento do agronegócio. Ambos chamaram a atenção para o potencial das agtechs, as startups do agronegócio, com ênfase especial em relação àquelas voltadas à concessão de crédito. “Trata-se de inovações essenciais para garantir a segurança alimentar que o mundo e os países árabes tanto necessitam”, destacou Tareq Fouad, head do fundo.

O debate também contou com a participação de Francisco Jardim, CEO do SP Ventures. “O evento foi excelente para deixar ainda mais claro o interesse de fundos pelas agtechs brasileiras”, disse. “O próximo unicórnio brasileiro virá de uma dessas empresas”.

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