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Máquinas de R$ 4 milhões de reais e público de 150 mil pessoas: Agrishow volta a ser realizada (divulgação/Divulgação)
Carla Aranha
Publicado em 27 de abril de 2022 às 14h09.
Última atualização em 27 de abril de 2022 às 15h57.
Após dois anos sem ser realizada em função da pandemia, a Agrishow, considerada a maior feira de agronegócio do país, vem batendo recorde de vendas em sua 27ª edição, em Ribeirão Preto (SP). Com 800 expositores nacionais e internacionais, o evento traz marcas multinacionais de máquinas, como a Case IH, John Deere e New Holland, fabricantes de insumos e instituições financeiras, entre outras empresas.
Entre as supermáquinas lançadas na feira, tem destaque uma colheitadeira com avanços tecnológicos da Case IH, além de tratores e maquinários de outras marcas. Equipada com 16 sensores e um sistema de automação, custa em média 4 milhões de reais, segundo a empresa.
“O agronegócio brasileiro está entre os mais tecnológicos do mundo”, diz Rodrigo Alandia, diretor de marketing de produto para a América Latina da Case IH. “Estamos inclusive ampliando uma de nossas principais fábricas no país e deveremos ter mais lançamentos até o final do ano”.
A Jacto, também presente à feira, lançou uma plantadeira híbrida, considerada a primeira do país. A máquina, planejada para as culturas como as de soja, milho, algodão, funciona com motores elétricos e a diesel.
“Um dos principais objetivos é um menor consumo de combustível, além de ganho de eficiência”, diz Rodrigo Gomes de Madeira, gerente de negócios. A empresa também expõe um pulverizador autônomo para a cultura de citros. O equipamento conta com monitoramento remoto e controle interativo por meio de um console.
A New Holland trouxe um trator que funciona com gás metano: o combustível é produzido a partir de resíduos orgânicos obtidos na fazenda do produtor rural. Aqui, de novo, a meta é reduzir o custo advindo dos combustíveis convencionais – com o aumento do preço do barril do petróleo, o impacto no abastecimento de máquinas no campo (e fora dele) tem sido sentido fortemente.
Embora as grandes marcas não abram números de venda, fabricantes de menor porte vêm registrando um bom volume de negócios durante a feira. A Haramaq, de maquinário para alimentação animal, divulgou que deve faturar 9,5 milhões de reais até sexta, dia 29, última dia do evento.
A SafraSul, produtora de semeadoras, também projeta crescimento das vendas. A expectativa é de um aumento de 60% em relação ao faturamento na última edição da Agrishow, realizada em 2019, de acordo com a empresa.
A Agrishow, aberta nesta segunda, dia 25, vai até sexta, dia 29, com uma expectativa de público de 150 mil pessoas durante os cinco dias do evento.
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