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Ofensiva nos arredores de Damasco após atentado noturno

Os atentados, principalmente com carros-bomba, se multiplicaram nos últimos meses na capital síria

Avião das forças sírias: o regime tenta manter o controle de Damasco e utiliza a aviação, sua principal arma no conflito. (©afp.com / John Cantlie)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2013 às 13h55.

Damasco - As tropas sírias com apoio da aviação efetuavam nesta sexta-feira uma grande ofensiva contra as forças rebeldes em várias localidades perto de Damasco, após um atentado noturno com carro-bomba que fez ao menos 11 mortos.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), o ataque ocorreu no bairro de Massaken Barzé, no norte de Damasco, onde vive uma grande comunidade alauíta, minoria religiosa a que pertence o presidente Bashar al-Assad .

Os atentados, principalmente com carros-bomba, se multiplicaram nos últimos meses na capital síria tendo como alvo prédios governamentais e das forças de segurança, mesmo com o forte esquema de segurança.

O regime tenta manter o controle de Damasco e utiliza a aviação, sua principal arma no conflito, e artilharia pesada para bombardear localidades ocupadas pelos rebeldes, indicou o OSDH.

Novos reforços militares foram enviados para Daraya, que o Exército tenta reconquistar há duas semanas, indicou esta ONG com sede na Grã-Bretanha, que obtém suas informações através de uma extensa rede de militantes e médicos mobilizados na Síria.

O jornal Al-Watan, próximo ao regime sírio, indicou nesta sexta-feira que o Exército de Bashar al-Assad "ganhou na quinta-feira a batalha" contra os terroristas em Daraya e destruiu seus últimos redutos, acrescentando que a frente jihadista Al-Nusra sofreu muitas baixas nos combates.

As autoridades sírias definem os rebeldes como terroristas, armados e financiados pelo exterior.


A Síria mergulhou em uma guerra civil após a repressão do regime a uma onda de contestação popular que se militarizou. Os combates entre soldados regulares e desertores, apoiados por civis que pegaram em armas e também jihadistas do exterior, não tiveram trégua desde então.

As tropas do regime foram expulsas de amplas áreas do norte e do leste do país, mas tentam de manter em uma zona que vai do sul do país até a costa oeste, região natal de Assad, passando por Damasco e sua periferia.

O presidente alauíta, um ramo do xiismo, "tentará se manter aferrado até o fim ao poder preparado para provocar massacres", afirma Agnès Levallois, cientista política e especialista em Oriente Médio, enquanto o conflito causou a morte de mais de 60.000 segundo a ONU.

Para Levallois, Assad quer manter "uma parte do território: Damasco, o enclave estratégico de Homs (centro), e o caminho para a montanha alauíta", que liga Lattakia a Tartous.

Na quinta-feira foram registradas 191 vítimas, entre elas 99 civis, 51 rebeldes - ao menos cinco deles estrangeiros (um palestino, um turco, um saudita e dois líbios) - e 41 soldados, de acordo com a ONG.

Após a morte de um combatente australiano na Síria, a Austrália ameaçou com 20 anos de prisão seus cidadãos envolvidos em conflitos no exterior, e indicando a participação de 100 australianos no conflito na Síria desde 2011.

Como a cada sexta-feira desde o início do conflito, manifestantes se reuniram em várias regiões do país a pedido dos militantes anti-regime e em apoio à cidade de Homs (centro), que está sitiada há seis meses pelo Exército.

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Damasco - As tropas sírias com apoio da aviação efetuavam nesta sexta-feira uma grande ofensiva contra as forças rebeldes em várias localidades perto de Damasco, após um atentado noturno com carro-bomba que fez ao menos 11 mortos.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), o ataque ocorreu no bairro de Massaken Barzé, no norte de Damasco, onde vive uma grande comunidade alauíta, minoria religiosa a que pertence o presidente Bashar al-Assad .

Os atentados, principalmente com carros-bomba, se multiplicaram nos últimos meses na capital síria tendo como alvo prédios governamentais e das forças de segurança, mesmo com o forte esquema de segurança.

O regime tenta manter o controle de Damasco e utiliza a aviação, sua principal arma no conflito, e artilharia pesada para bombardear localidades ocupadas pelos rebeldes, indicou o OSDH.

Novos reforços militares foram enviados para Daraya, que o Exército tenta reconquistar há duas semanas, indicou esta ONG com sede na Grã-Bretanha, que obtém suas informações através de uma extensa rede de militantes e médicos mobilizados na Síria.

O jornal Al-Watan, próximo ao regime sírio, indicou nesta sexta-feira que o Exército de Bashar al-Assad "ganhou na quinta-feira a batalha" contra os terroristas em Daraya e destruiu seus últimos redutos, acrescentando que a frente jihadista Al-Nusra sofreu muitas baixas nos combates.

As autoridades sírias definem os rebeldes como terroristas, armados e financiados pelo exterior.


A Síria mergulhou em uma guerra civil após a repressão do regime a uma onda de contestação popular que se militarizou. Os combates entre soldados regulares e desertores, apoiados por civis que pegaram em armas e também jihadistas do exterior, não tiveram trégua desde então.

As tropas do regime foram expulsas de amplas áreas do norte e do leste do país, mas tentam de manter em uma zona que vai do sul do país até a costa oeste, região natal de Assad, passando por Damasco e sua periferia.

O presidente alauíta, um ramo do xiismo, "tentará se manter aferrado até o fim ao poder preparado para provocar massacres", afirma Agnès Levallois, cientista política e especialista em Oriente Médio, enquanto o conflito causou a morte de mais de 60.000 segundo a ONU.

Para Levallois, Assad quer manter "uma parte do território: Damasco, o enclave estratégico de Homs (centro), e o caminho para a montanha alauíta", que liga Lattakia a Tartous.

Na quinta-feira foram registradas 191 vítimas, entre elas 99 civis, 51 rebeldes - ao menos cinco deles estrangeiros (um palestino, um turco, um saudita e dois líbios) - e 41 soldados, de acordo com a ONG.

Após a morte de um combatente australiano na Síria, a Austrália ameaçou com 20 anos de prisão seus cidadãos envolvidos em conflitos no exterior, e indicando a participação de 100 australianos no conflito na Síria desde 2011.

Como a cada sexta-feira desde o início do conflito, manifestantes se reuniram em várias regiões do país a pedido dos militantes anti-regime e em apoio à cidade de Homs (centro), que está sitiada há seis meses pelo Exército.

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