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Banco italiano pede mais poder de supervisionar Monte Paschi

O Monte dei Paschi, terceiro maior banco da Itália, está no centro de uma crise financeira e política devido a uma série de problemas em contratos de derivativos

Trabalhadores de todos os setores industriais se reuniram na praça diante da Basílica de São João, portando balões vermelhos e faixas onde se liam slogans como "Vá embora, Monti" (Reuters)

Trabalhadores de todos os setores industriais se reuniram na praça diante da Basílica de São João, portando balões vermelhos e faixas onde se liam slogans como "Vá embora, Monti" (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2013 às 16h01.

O presidente do Banco da Itália, Ignazio Visco, pediu neste sábado mais poderes para os bancos reguladores para intervir e dispensar maus executivos, mas defendeu o papel de sua instituição na supervisão do banco Monte dei Paschi di Siena.

Respondendo a críticas sobre o papel do banco central na fiscalização do banco da Toscana, Visco repetiu que os membros do Banco da Itália atuaram corretamente, mas pediu mais poder para agir em casos excepcionais.

"O supervisor dever ter o poder de intervir quando — baseado em sólidas evidências — acreditar ser necessário se opor à indicação de executivos ou removê-los", afirmou Visco, que também faz parte do conselho do Banco Central Europeu, durante discurso na conferência Assiom-Forex, em Bergamo.

Os comentários repetiram considerações feitas pelo presidente do BCE, Mario Draghi, que também pediu que os bancos reguladores possam destituir executivos no caso de um banco entrar em dificuldades devido a um gerenciamento inadequado.

O Monte dei Paschi, terceiro maior banco da Itália, está no centro de uma crise financeira e política devido a uma série de problemas em contratos de derivativos, agravados por uma investigação sobre possíveis propinas e contabilidades falsas.

O Banco da Itália defendeu sua atuação no escândalo, que surgiu após a aquisição, por parte do Monte dei Paschi, do rival Antonveneta, por 9 bilhões de euros, antes da crise financeira de 2008.

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