Havan desiste de IPO; calor pode matar?; e o que você precisa saber hoje

Tudo o que você precisa saber hoje: confira vídeo com as principais notícias que mexeram com os mercados, o Brasil e o mundo nesta terça, 06 de outubro

No episódio de hoje, falaremos sobre a forte onda de calor no Brasil, o IPO da Havan, o desemprenho dos bancos na Bolsa e muito mais:

MERCADOS

Bolsa vira e fecha em queda após Trump encerrar conversas sobre estímulos

A bolsa brasileira fechou em queda após a equipe do presidente Donald Trump encerrar as conversas sobre um novo pacote trilionário com líderes democratas. A ordem ocorreu horas depois de o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, alertar sobre a necessidade de novos estímulos para que a economia americana siga se recuperando. Com isso, o Ibovespa caiu 0,49% para 95.615,03 pontos. As perdas só não foram maiores devido ao otimismo com a reaproximação entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Já o dólar encerrou em alta de 0,52%, sendo vendida a 5,595 reais.

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Havan desiste de IPO após avaliação de investidores frustar expectativas

A Havan decidiu mesmo suspender a abertura de capital na B3. A companhia pretendia fazer sua estreia avaliada em 70 bilhões de reais, mas o mercado só estava disposto a pagar entre 50 bilhões de reais e 60 bilhões de reais. O plano era realizar uma oferta pública inicial com uma parcela primária, ou seja para o caixa da empresa, e outra secundária, que vai para o bolso do dono. O IPO da rede de varejo catarinense tornou-se um dos mais conhecidos e esperados de 2020 depois que pessoas próximas à operação falaram que o negócio poderia ser avaliado em 100 bilhões de reais, o que equivaleria a um múltiplo de 130 vezes o lucro líquido de 756 milhões de reais registrado em 2019.

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Para bancos, Brasil pode estar à beira de uma crise fiscal

O Brasil pode estar à beira de uma crise fiscal com a falta de ação do governo e do Congresso para responder ao risco representado pelo crescimento acelerado da dívida pública. Essa avaliação começou a ser retratada mais fortemente, nos últimos dias, por economistas e em relatórios de bancos nacionais e estrangeiros – que falam que uma crise envolvendo a capacidade do governo de se financiar entrou no radar. A tensão no mercado aumentou com o impasse em torno do financiamento do Renda Cidadã, pensado para substituir o Bolsa Família, mas com alcance e valor médio maiores do que o programa social criado na gestão petista.

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Por que os grandes bancos sofrem para recuperar valor na bolsa?

A pandemia reduziu a praticamente zero as vendas de pacotes de turismo da CVC e de assentos em aviões da GOL ou da Azul no momento mais agudo da crise. Mas, em termos nominais, nenhum setor sofreu tanto na bolsa de valores quanto os grandes bancos, que, juntos, chegaram a perder mais de 400 bilhões de reais em valor de mercado no ápice da crise. E ainda que a queda máxima tenha sido proporcionalmente menor, a recuperação está sendo mais lenta. No mercado, o sentimento geral entre analistas e investidores é que as ações dos grandes bancos estão “atrasadas”: mesmo que muitos considerem que estão “baratas” devido às quedas dos múltiplos preço/lucro dos ativos (uma métrica para avaliar se uma ação está cara ou barata), o otimismo sobre o desempenho futuro dos papéis não tem surtido efeitos no presente.

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BRASIL

Paz entre Maia e Guedes

Após serem protagonistas de um conflito público, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, levantaram a bandeira branca e prometeram união pelo andamento da agenda econômica no Congresso. Depois de um jantar com ministros e parlamentares na residência do ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), Maia pediu desculpas publicamente a Guedes pelas declarações feitas na semana passada. Maia reforçou que é preciso dar andamento às reformas tributária e administrativa e tirar um programa de renda mínima do papel sem comprometer o teto de gastos.

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Calor intenso deve persistir, e Inmet alerta para risco de morte

Todo mundo sofrendo com o calor no Brasil nos últimos dias. Apesar do fim de semana com temperaturas mais amenas, o calor voltou com tudo no início dessa semana e ele deve continuar nos próximos dias. A média da temperatura tem sido de 35 a 37 graus, mas a sensação térmica pode passar dos 45 graus. O maior problema de tudo isso é que essas temperaturas causam risco de morte. E não é exagero. A Defesa Civil do Estado alerta para problemas como desidratação e doenças respiratórias. E o Instituto Nacional de Meteorologia também fez um alerta de grande perigo principalmente na região do Tocantins. O instituto disse que por causa das altas temperaturas há risco de morte por hipertermia.

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Novas propostas para o Renda Cidadã

O governo e o Congresso colocaram no radar uma lista de medidas de ajuste que podem abrir um espaço de até R$ 45,4 bilhões no Orçamento para bancar a ampliação do Bolsa Família por meio do novo Renda Cidadã. O objetivo é buscar uma reaproximação entre Guedes e o Congresso e mostrar coesão em torno da agenda de responsabilidade fiscal, que passou a ser vista com desconfiança diante do racha dentro do próprio governo sobre flexibilizar ou não o teto de gastos para acomodar o Renda Cidadã.

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Brasil precisa de reforma tributária e acordo com UE, diz FMI

O Fundo Monetário Internacional afirmou que, além de haver a necessidade no Brasil de “um novo impulso para aprovar a legislação sobre a ampla reforma tributária”, também é importante finalizar os acordos comerciais com a União Europeia e outros parceiros, concluir a adesão ao Acordo de Compras Governamentais da Organização Mundial de Comércio (OMC) e acelerar o ritmo das novas concessões e privatizações, para viabilizar ganhos de produtividade à economia. A avaliação foi feita pelo corpo técnico do FMI ao final da missão do artigo IV de 2020 sobre o Brasil. “O novo marco legal de saneamento básico, sancionado recentemente, é um avanço muito positivo, que deve propiciar uma série de projetos e investimentos críticos em infraestruturas daqui para a frente”, destacou o Fundo.

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MUNDO

Biden presidente? 

A menos de um mês para as eleições americanas, o ex-vice-presidente Joe Biden tem uma vantagem de 16 pontos percentuais sobre o presidente Donald Trump nas intenções de voto a nível nacional, segundo pesquisa da CNN. O candidato democrata tem 57% de apoio entre os eleitores prováveis, contra 41% do presidente republicano. A pesquisa ouviu 1.001 eleitores prováveis entre 1 e 4 de outubro, depois do primeiro debate presidencial e principalmente depois que Trump anunciou ter sido infectado pela covid-19. A sondagem tem margem de erro de +/- 3,6 pontos percentuais.

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Dizendo estar bem, Trump minimiza pandemia e sofre penalidades nas redes

O Facebook e o Twitter penalizaram publicações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Um dia depois de receber alta do hospital, Trump usou as duas redes sociais para minimizar os perigos do novo coronavírus. Com mais de 210.000 mortos nos últimos sete meses, a covid-19 caminha para ser a terceira causa de morte nos Estados Unidos este ano. A gripe sazonal causou, entretanto, entre 22 mil e 51 mil mortes anuais nos últimos cinco anos.

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Instagram não é só selfie, diz pesquisa

Pesquisa enviada com exclusividade para a EXAME mostrou que no Instagram as pessoas estão se interessando por outra coisa além de fotos e vídeos. O levantamento aponta que engajamento de perfis jornalísticos cresceu 74% durante pandemia. Os jovens ainda buscam mais o Twitter para se informar, até por ser mais dinâmico e próprio para textos curtos, mas o Instagram também entrou nessa lista. Você confere todos os resultados da pesquisa no site da Exame. E essa não é a única novidade de hoje sobre o Instagram. A rede social que completa 10 anos nesta terça incluiu um recurso nas configurações pra mudar o ícone do aplicativo. Ao todo são mais de 10 opções diferentes.

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O iPhone 12 vem aí?

A Apple anunciou um novo evento para a próxima terça-feira, sem dar detalhes sobre o que será tratado. A expectativa é de que seja o lançamento do IPhone 12, que deve vir com a tecnologia 5G. Se tudo der certo, no dia 13 de outubro Apple pode lançar quatro modelos, em vez de três como aconteceu no ano passado. Rumores indicam que dois deles serão Pro, mais caros, e os outros dois seriam de baixo custo.

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#ExameAgora é o seu resumo diário de notícias aqui da Exame, apresentado por Beatriz Correia e Victor Sena.

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