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Zuckerberg defende que Facebook tenha retirado conteúdo falso de Bolsonaro

Facebook retirou uma alegação do presidente brasileiro Jair Bolsonaro de que os cientistas "mostraram" que havia uma cura para o coronavírus

Mark Zuckerberg: site removerá da plataforma todo o conteúdo que cause "dano imediato" a qualquer usuário, acrescentou Zuckerberg.  (Leah Millis/Reuters)

Mark Zuckerberg: site removerá da plataforma todo o conteúdo que cause "dano imediato" a qualquer usuário, acrescentou Zuckerberg.  (Leah Millis/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de maio de 2020 às 17h28.

Última atualização em 21 de maio de 2020 às 17h31.

O americano Mark Zuckerberg disse que o Facebook estava removendo informações falsas sobre o coronavírus e deu o exemplo do presidente Jair Bolsonaro, reconhecendo que a rede social não estava pronta para lutar contra interferências nas eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos. 

O Facebook retirou uma alegação do presidente brasileiro Jair Bolsonaro de que os cientistas "mostraram" que havia uma cura para o coronavírus. "Isso obviamente não é verdade e é por isso que a removemos. Não importa quem diga isso", disse Zuckerberg em entrevista à rádio pública britânica BBC.

O Facebook removerá da plataforma todo o conteúdo que cause "dano imediato" a qualquer usuário, acrescentou Zuckerberg.

O CEO e fundador da rede social também reconheceu que estava "atrasado" na luta contra a desinformação durante a última campanha eleitoral nos Estados Unidos.

Prevenir a interferência eleitoral representa uma "corrida armamentista" contra países como Rússia, Irã ou China, disse.

"Os países continuarão tentando interferir e veremos problemas como esse, mas aprendemos muito desde 2016 e tenho certeza de que podemos proteger a integridade das próximas eleições".

Em busca de reeleição, o presidente Donald Trump enfrentará o democrata Joe Biden em uma eleição planejada em 3 de novembro.

O Facebook foi acusado de contribuir para a vitória de Trump contra Hillary Clinton há quatro anos devido à desinformação publicada online por governos estrangeiros.

Em comunicado ao Senado dos Estados Unidos em outubro de 2017, o Facebook admitiu que o conteúdo apoiado pela Rússia alcançou 126 milhões de americanos em sua plataforma durante e após a eleição presidencial de 2016.

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