Zuckerberg mostra agilidade para manter Facebook crescendo
Aquisição do Whatsapp mostra o quanto o CEO irá longe e rápido para manter o Facebook em crescimento comprando a concorrência
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2014 às 08h26.
San Francisco - O último acordo de Mark Zuckerberg mostra o quanto ele irá longe e rápido para manter a Facebook em crescimento comprando a concorrência.
No dia 19 de fevereiro, a maior rede social do mundo fez um acordo para comprar a startup de mensagens instantâneas WhatsApp por até US$ 19 bilhões. Zuckerberg, CEO e um dos fundadores da Facebook, fechou os termos após cinco dias de negociações.
Seria a maior compra já realizada pela Facebook e a mais cara para uma companhia de internet em mais de uma década. A oferta dá à WhatsApp, que possui cerca de 50 funcionários, uma cotação aproximadamente similar à da Gap, que tem cerca de 136.000 funcionários, e mais de metade do valor de mercado do serviço de microblogging Twitter.
O acordo mostra a determinação de Zuckerberg de reforçar o crescimento e atrair os usuários de dispositivos móveis, mesmo correndo o risco de aumentar a preocupação em relação ao preço que ele está disposto a pagar. As ações da Facebook subiram ontem, o que sugere que talvez não seja um problema neste caso.
“Ele está claramente colocando em jogo sua reputação de negociador”, disse Carl Howe, analista da Yankee Group. “E US$ 19 bilhões é um valor totalmente louco”.
Os números são tão impressionantes quanto a velocidade com que Zuckerberg, 29, chegou a um acordo com o CEO da WhatsApp, Jan Koum, 38.
“Não é assim que se tomam decisões na maioria das empresas de capital aberto”, disse Charles Elson, professor de administração corporativa na Universidade de Delaware. Embora “essas coisas sejam intensamente examinadas” em outras empresas, a estrutura acionária de dois tipos da Facebook dá o controle majoritário a Zuckerberg.
Grande crescimento
A WhatsApp, com sede em Mountain View, Califórnia, é muito usada em um setor muito concorrido. Ela compete com aplicativos da Twitter, da Kik Interactive e da Snapchat, uma startup que rejeitou uma oferta de US$ 3 bilhões da Facebook no ano passado. Outros aplicativos similares são o WeChat, da Tencent Holdings Ltd. na China, o KakaoTalk na Coreia e o Line no Japão – além do próprio Facebook Messenger da Facebook.
Com cerca de 450 milhões de usuários atualmente, a WhatsApp ganha aproximadamente um milhão de usuários por dia. Zuckerberg disse que essa escala e esse crescimento ajudarão a companhia a cumprir sua missão central.
“Como a Facebook trabalha para conectar o mundo inteiro e construir a infraestrutura para uma comunidade global, a WhatsApp claramente ajudará a acelerar o nosso avanço”, disse Zuckerberg em uma teleconferência no dia 19 de fevereiro. “Jan e a equipe construíram um produto simples, rápido e confiável, que oferece uma experiência realmente genial às pessoas”.
Ao contrário das mensagens tradicionais de texto, incluídas nos planos de telefonia celular, as mensagens do WhatsApp são grátis durante os primeiros doze meses e depois o assinante paga US$ 0,99 por ano.
‘Preço assombroso’
A oferta é de US$ 12 bilhões em ações, US$ 4 bilhões em dinheiro e US$ 3 bilhões em ações restritas, segundo um comunicado da Facebook. A compra tornaria minúscula a aquisição do serviço de compartilhamento de fotos Instagram pela Facebook, realizada em 2012.
“Claramente, a Facebook está eliminando um dos seus principais concorrentes”, disse por e-mail Paul Sweeney, analista da Bloomberg Industries. “Eles estão comprando 450 milhões de usuários fiéis e um caso extraordinário de crescimento, mas a um preço assombroso”.
As ações da Facebook subiram 2,3 por cento para US$ 69,63 ontem nas operações em Nova York. Elas caíram até 5,7 por cento para US$ 64,18 nas operações estendidas no dia 19 de fevereiro depois que a oferta pela WhatsApp foi anunciada.
Buscar negócios tão grandes como Zuckerberg está fazendo não é a melhor estratégia, escreveu Evan Wilson, analista da Pacific Crest em uma nota de pesquisa. Seria melhor para a empresa crescer organicamente ou comprar antes os concorrentes com cotações menores, disse ele.
“Depois da compra da Instagram, a Facebook disse ‘não planejamos fazer muito mais (aquisições) dessas, talvez mais nenhuma’”, escreveu Wilson. Depois das notícias sobre a potencial aquisição da Snapchat e da compra da WhatsApp, fica claro que a Facebook ainda não está satisfeita”.
San Francisco - O último acordo de Mark Zuckerberg mostra o quanto ele irá longe e rápido para manter a Facebook em crescimento comprando a concorrência.
No dia 19 de fevereiro, a maior rede social do mundo fez um acordo para comprar a startup de mensagens instantâneas WhatsApp por até US$ 19 bilhões. Zuckerberg, CEO e um dos fundadores da Facebook, fechou os termos após cinco dias de negociações.
Seria a maior compra já realizada pela Facebook e a mais cara para uma companhia de internet em mais de uma década. A oferta dá à WhatsApp, que possui cerca de 50 funcionários, uma cotação aproximadamente similar à da Gap, que tem cerca de 136.000 funcionários, e mais de metade do valor de mercado do serviço de microblogging Twitter.
O acordo mostra a determinação de Zuckerberg de reforçar o crescimento e atrair os usuários de dispositivos móveis, mesmo correndo o risco de aumentar a preocupação em relação ao preço que ele está disposto a pagar. As ações da Facebook subiram ontem, o que sugere que talvez não seja um problema neste caso.
“Ele está claramente colocando em jogo sua reputação de negociador”, disse Carl Howe, analista da Yankee Group. “E US$ 19 bilhões é um valor totalmente louco”.
Os números são tão impressionantes quanto a velocidade com que Zuckerberg, 29, chegou a um acordo com o CEO da WhatsApp, Jan Koum, 38.
“Não é assim que se tomam decisões na maioria das empresas de capital aberto”, disse Charles Elson, professor de administração corporativa na Universidade de Delaware. Embora “essas coisas sejam intensamente examinadas” em outras empresas, a estrutura acionária de dois tipos da Facebook dá o controle majoritário a Zuckerberg.
Grande crescimento
A WhatsApp, com sede em Mountain View, Califórnia, é muito usada em um setor muito concorrido. Ela compete com aplicativos da Twitter, da Kik Interactive e da Snapchat, uma startup que rejeitou uma oferta de US$ 3 bilhões da Facebook no ano passado. Outros aplicativos similares são o WeChat, da Tencent Holdings Ltd. na China, o KakaoTalk na Coreia e o Line no Japão – além do próprio Facebook Messenger da Facebook.
Com cerca de 450 milhões de usuários atualmente, a WhatsApp ganha aproximadamente um milhão de usuários por dia. Zuckerberg disse que essa escala e esse crescimento ajudarão a companhia a cumprir sua missão central.
“Como a Facebook trabalha para conectar o mundo inteiro e construir a infraestrutura para uma comunidade global, a WhatsApp claramente ajudará a acelerar o nosso avanço”, disse Zuckerberg em uma teleconferência no dia 19 de fevereiro. “Jan e a equipe construíram um produto simples, rápido e confiável, que oferece uma experiência realmente genial às pessoas”.
Ao contrário das mensagens tradicionais de texto, incluídas nos planos de telefonia celular, as mensagens do WhatsApp são grátis durante os primeiros doze meses e depois o assinante paga US$ 0,99 por ano.
‘Preço assombroso’
A oferta é de US$ 12 bilhões em ações, US$ 4 bilhões em dinheiro e US$ 3 bilhões em ações restritas, segundo um comunicado da Facebook. A compra tornaria minúscula a aquisição do serviço de compartilhamento de fotos Instagram pela Facebook, realizada em 2012.
“Claramente, a Facebook está eliminando um dos seus principais concorrentes”, disse por e-mail Paul Sweeney, analista da Bloomberg Industries. “Eles estão comprando 450 milhões de usuários fiéis e um caso extraordinário de crescimento, mas a um preço assombroso”.
As ações da Facebook subiram 2,3 por cento para US$ 69,63 ontem nas operações em Nova York. Elas caíram até 5,7 por cento para US$ 64,18 nas operações estendidas no dia 19 de fevereiro depois que a oferta pela WhatsApp foi anunciada.
Buscar negócios tão grandes como Zuckerberg está fazendo não é a melhor estratégia, escreveu Evan Wilson, analista da Pacific Crest em uma nota de pesquisa. Seria melhor para a empresa crescer organicamente ou comprar antes os concorrentes com cotações menores, disse ele.
“Depois da compra da Instagram, a Facebook disse ‘não planejamos fazer muito mais (aquisições) dessas, talvez mais nenhuma’”, escreveu Wilson. Depois das notícias sobre a potencial aquisição da Snapchat e da compra da WhatsApp, fica claro que a Facebook ainda não está satisfeita”.