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You Tube aposta em canais brasileiros

De olho em fenômenos como o Manual do Mundo e o Porta dos Fundos, um grupo de executivos do Google veio ao Brasil para conhecer de perto o movimento e traçar estratégias

Youtube: segundo país em número de usuários, atrás só dos EUA, o Brasil está entre os cinco mercados mais importantes para o site (Rego Korosi)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2013 às 10h01.

São Paulo - O jornalista Iberê Thenório deixou seu emprego no ano passado quando a renda com anúncios no YouTube superou seu salário.

O Manual do Mundo, canal criado por ele há cinco anos para ensinar mágicas e experiências a crianças e adolescentes, está prestes a atingir um milhão de assinantes, o que faz dele o 15º mais popular no Brasil segundo o site Social Blade, que mede a audiência no YouTube. “Ainda são poucos que conseguem isso. O desafio é criar conteúdo completamente original”, diz.

De olho em fenômenos como o Manual do Mundo e o Porta dos Fundos - canal que tem 3,6 milhões de assinantes -, um grupo de executivos do Google veio ao Brasil na semana passada para conhecer de perto o movimento e traçar estratégias. Segundo país em número de usuários, atrás só dos EUA, o Brasil está entre os cinco mercados mais importantes para o site.

Não é de hoje que desconhecidos ganham fama com vídeos, mas canais com conteúdo original recebem cada vez mais atenção da empresa por serem peças centrais para o crescimento do YouTube. A

lém do humor, o Brasil hoje produz sucessos em outras categorias - música, cultura geek, esporte e beleza são as principais. Isso é o que atrai anunciantes, audiência e conteúdo original necessários para o site deixar de ser um depósito de vídeos e se tornar destino diário de consumo de conteúdo. O YouTube pode se tornar nos próximos anos uma alternativa à TV tradicional.

Para incentivar a mudança de comportamento, o site realiza de 17 a 24 de junho uma versão brasileira da Semana da Comédia. O evento foi lançado em abril nos Estados Unidos e teve versões no Reino Unido, Oriente Médio e norte da África.

O objetivo é promover programas, canais e atrações de humor. “Nos países em que foi realizado, o evento aumentou em 40% as visualizações dos canais parceiros”, disse Danielle Tiedt, vice-presidente de marketing do YouTube, em entrevista à reportagem.


Uma pesquisa recente da Hi-midia e da M.sense mostra que 94% dos brasileiros acessam o YouTube para ver vídeos, mas 60% não conhecem o conteúdo exclusivo do site. É esse cenário que o Google quer modificar.

Otávio Albuquerque criou com PC Siqueira um dos maiores canais brasileiros de culinária do YouTube, o Rolê Gourmet. O canal tem mais assinantes do que a página do cozinheiro britânico Jamie Oliver (276 mil assinantes ante 256 mil), mas a renda dos anúncios ainda não paga o custo de produção. “No Brasil, a propaganda em mídias digitais é incipiente. Nos Estados Unidos a remuneração é três vezes maior”, diz Albuquerque. “Mas o conteúdo está melhorando e as marcas vão se interessar mais.”

É para atrair vídeos com mais qualidade que o YouTube lançou em maio a oferta de canais pagos, com mensalidades a partir de US$ 0,99, incluindo o Brasil. Para o site, mais interessante do que os criadores de vídeos de sucesso migrarem para a TV é mantê-los no YouTube.

Os executivos do site negam que com essa estratégia vão disputar audiência e anunciantes com as emissoras. “Tentamos fomentar o nascimento de um novo ecossistema, com vídeos de qualidade na internet, algo complementar ao que a TV faz”, diz o gerente de parcerias do YouTube, Álvaro Paes de Barros. “É um movimento parecido com o que a Apple fez quando promoveu a indústria de aplicativos para a App Store”, diz.

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De olho em fenômenos como o Manual do Mundo e o Porta dos Fundos - canal que tem 3,6 milhões de assinantes -, um grupo de executivos do Google veio ao Brasil na semana passada para conhecer de perto o movimento e traçar estratégias. Segundo país em número de usuários, atrás só dos EUA, o Brasil está entre os cinco mercados mais importantes para o site.

Não é de hoje que desconhecidos ganham fama com vídeos, mas canais com conteúdo original recebem cada vez mais atenção da empresa por serem peças centrais para o crescimento do YouTube. A

lém do humor, o Brasil hoje produz sucessos em outras categorias - música, cultura geek, esporte e beleza são as principais. Isso é o que atrai anunciantes, audiência e conteúdo original necessários para o site deixar de ser um depósito de vídeos e se tornar destino diário de consumo de conteúdo. O YouTube pode se tornar nos próximos anos uma alternativa à TV tradicional.

Para incentivar a mudança de comportamento, o site realiza de 17 a 24 de junho uma versão brasileira da Semana da Comédia. O evento foi lançado em abril nos Estados Unidos e teve versões no Reino Unido, Oriente Médio e norte da África.

O objetivo é promover programas, canais e atrações de humor. “Nos países em que foi realizado, o evento aumentou em 40% as visualizações dos canais parceiros”, disse Danielle Tiedt, vice-presidente de marketing do YouTube, em entrevista à reportagem.


Uma pesquisa recente da Hi-midia e da M.sense mostra que 94% dos brasileiros acessam o YouTube para ver vídeos, mas 60% não conhecem o conteúdo exclusivo do site. É esse cenário que o Google quer modificar.

Otávio Albuquerque criou com PC Siqueira um dos maiores canais brasileiros de culinária do YouTube, o Rolê Gourmet. O canal tem mais assinantes do que a página do cozinheiro britânico Jamie Oliver (276 mil assinantes ante 256 mil), mas a renda dos anúncios ainda não paga o custo de produção. “No Brasil, a propaganda em mídias digitais é incipiente. Nos Estados Unidos a remuneração é três vezes maior”, diz Albuquerque. “Mas o conteúdo está melhorando e as marcas vão se interessar mais.”

É para atrair vídeos com mais qualidade que o YouTube lançou em maio a oferta de canais pagos, com mensalidades a partir de US$ 0,99, incluindo o Brasil. Para o site, mais interessante do que os criadores de vídeos de sucesso migrarem para a TV é mantê-los no YouTube.

Os executivos do site negam que com essa estratégia vão disputar audiência e anunciantes com as emissoras. “Tentamos fomentar o nascimento de um novo ecossistema, com vídeos de qualidade na internet, algo complementar ao que a TV faz”, diz o gerente de parcerias do YouTube, Álvaro Paes de Barros. “É um movimento parecido com o que a Apple fez quando promoveu a indústria de aplicativos para a App Store”, diz.

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