A saída do Yahoo da China é um lembrete dos crescentes desafios que as empresas estrangeiras enfrentam ao operar no país asiático (Dado Ruvic/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de novembro de 2021 às 11h39.
A Yahoo anunciou, nesta terça-feira, dia 2, que retirou seus serviços da China, citando o cada vez mais desafiador ambiente legal e de negócios. A empresa é a segunda grande representante do setor de tecnologia americano a tomar decisão semelhante, menos de um mês após o fechamento do site de rede social LinkedIn, da Microsoft Corp.
"Em reconhecimento ao ambiente jurídico e de negócios cada vez mais desafiador na China, o pacote de serviços do Yahoo não estará mais acessível da China continental a partir de 1º de novembro", disse um porta-voz do Yahoo. "O Yahoo continua comprometido com os direitos de nossos usuários e com uma Internet livre e aberta. Agradecemos aos nossos usuários por seu apoio."
O anúncio foi amplamente simbólico, uma vez que a Yahoo já havia começado a fechar seus principais serviços, como e-mail, notícias e serviços comunitários na China desde 2013.
Ainda assim, a notícia é um lembrete dos crescentes desafios que as empresas estrangeiras enfrentam ao operar no país asiático, à medida que reguladores apertaram as rédeas da segurança de dados privacidade e conteúdo da Internet.
A retirada do Yahoo coincidiu com a implementação da Lei de Proteção de Informações Pessoais da China, uma lei de privacidade para restringir a coleta de dados por empresas de tecnologia que entrou em vigor em 1º de novembro.
O LinkedIn disse que tomou a decisão de encerrar suas operações na China após "enfrentar um ambiente operacional significativamente mais desafiador e maiores requisitos de conformidade.